A ex-presidente Dilma Rousseff recebeu hoje (29) a Medalha da Amizade da China, maior honraria concedida pelo governo do país a um estrangeiro, por contribuições à modernização do país asiático, segunda maior economia do planeta, atrás dos Estados Unidos. Dilma preside o Novo Banco de Desenvolvimento (NBD), vinculado ao grupo dos Brics, com sede em Xangai, desde 2023. A honraria foi assinada e concedida pelo presidente chinês Xi Jinping, por ocasião do 75º aniversário da fundação da República Popular da China.
Presidente chinês e seus crimes contra a humanidade
Em 2022, o presidente da China fez então sua primeira visita à província de Xinjiang em oito anos, desde que a campanha de detenção em massa de minorias muçulmanas, sobretudo da etnia uigur, teve seu início. A viagem para a região fronteiriça com a Ásia Central, no Noroeste do país, é uma proclamação de vitória contra as denúncias de perseguição sistemática e atrocidades que, há anos, estremecem as relações entre Pequim e o Ocidente.
A visita de Xi teve como objetivo projetar que a região se tornou mais unida e estável sob sua liderança. Nos últimos anos, multiplicaram-se as acusações contra seu governo de prisões arbitrárias, pessoas enviadas a campos de reeducação, repressão a práticas religiosas e uma campanha para minar o legado cultural por meio da assimilação forçada.
Os americanos, parte dos europeus e algumas organizações defensoras dos direitos humanos dizem que os abusos constituem “genocídios” e “crimes lesa-Humanidade” sob o disfarce de um campanha antiterrorismo. Os chineses, por sua vez, dizem que as acusações são a “mentira do século” e acusam os americanos de não cuidarem de seus próprios problemas.
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