O governo Lula quer pegar parte do seguro-desemprego dos trabalhadores para ajustar o orçamento público. O novo pacote de corte de gastos em estudo prevê mudanças envolvendo o FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) e o seguro-desemprego. Segundo reportagem do jornal O Globo, os ministérios da Fazenda e do Planejamento avaliam mudar o desenho das políticas de proteção ao trabalhador em medidas que devem ser apresentadas após o segundo turno das eleições. A multa de 40% do FGTS, paga pelo empregador que demite sem justa causa, seria abatida no valor do seguro-desemprego. Na prática, de acordo com o jornal Folha de S. Paulo, quanto mais alta for a multa, mais baixo será o valor do seguro. Trata-se de um verdadeiro golpe na classe trabalhadora, já que a única proteção temporária oferecida pelo governo a pessoas demitidas é justamente o seguro-desemprego. O argumento do governo para esse absurdo é igualmente incoerente. Na visão dos ministérios, o acúmulo de benefícios (FGTS + seguro) desestimula a permanência no emprego, principalmente com o mercado aquecido.
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