Equipe de cientistas argentinos está usando microrganismos nativos da Antártica para limpar a poluição de combustíveis e plásticos nas extensões inalteradas do continente branco.
Os minúsculos micróbios mastigam os resíduos, criando um sistema natural de limpeza para a poluição causada pelo diesel, fonte de eletricidade e calor para bases de pesquisa na Antártica congelada.
O continente é protegido por um Protocolo de Madri, de 1961, que estabelece que ele deve ser mantido em estado puro.
A pesquisa sobre os micróbios e resíduos plásticos pode ajudar em questões ambientais mais amplas.
“O trabalho utiliza o potencial de microrganismos nativos – bactérias e fungos que habitam o solo antártico, mesmo quando contaminado – e faz com que esses micro-organismos comam os hidrocarbonetos”, disse o bioquímico Lucas Ruberto. “O que para nós é poluente, para eles pode ser alimento.”
A equipe realizou trabalhos de biorremediação, que envolvem a limpeza do solo afetado pelo diesel, usando micro-organismos e plantas autóctones, processo que pode ser usado no verão austral e remove cerca de 60% a 80% dos poluentes.
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