O ministro de Assuntos Exteriores e Cooperação da Espanha, José Manuel Albares, reiterou o apoio do governo do premiê espanhol Pedro Sánchez à ratificação do acordo de livre comércio entre a União Europeia e o Mercosul. Em maio de 2021, a antecessora de Albares no cargo, Arancha Gonzáles Laya, também tinha dito que a ratificação do acordo era uma prioridade para o governo espanhol.
Ao receber o chanceler brasileiro, Carlos França, em Madri, Albares destacou a importância do multilateralismo e de reforçar os laços entre os países que integram os dois blocos. Em um comunicado oficial divulgado logo após o encontro, na quinta-feira (3), o ministério espanhol afirma que a conclusão do acordo “aproximará duas regiões que já compartilham valores e interesses [comuns], fomentando o crescimento econômico e social dos dois lados do Atlântico”.
Após quase vinte anos de negociações, os principais aspectos comerciais e políticos do acordo foram pactuados, respectivamente, em junho de 2019 e em junho de 2020. Atualmente, o texto final está sendo revisado para que sejam dirimidas pendências técnicas e jurídicas a fim de que o texto possa, então, ser traduzido para os 23 idiomas falados no âmbito da União Europeia (formada por 27 países) e do Mercosul (composto por Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai).
O texto definitivo ainda terá que ser aprovado, por unanimidade, no Conselho da União Europeia, bem como pelo Parlamento Europeu. Além disso, terá que ser aprovado pelos parlamentos de cada um dos países-membros dos dois blocos, cujos governos deverão assinar o acordo. A expectativa é de que, uma vez em vigor, o tratado permita a redução gradual das tarifas alfandegárias, estimulando os negócios.
Segundo o Itamaraty, não é possível estimar os prazos para que cada nação conclua os processos nacionais de ratificação. Ainda assim, o ministro Carlos França tem dito que confia que a revisão técnica e a tradução serão concluídas “nos próximos meses”, permitindo que o acordo seja assinado em breve.
Fonte: Agência Brasil
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