Lula e o PT pediram para o TSE censurar programa de Bolsonaro destacando a participação popular no 7 de Setembro
Um programa eleitoral de Jair Bolsonaro (PL) falando sobre o 7 de setembro, dia da Independência do Brasil, foi proibido pelo TSE a pedido da campanha de Lula (PT). O real motivo é nãpo mostrar para o Brasil o quanto o brasileira ama sua pátria e o verde e amarelo da nossa bandeira quanto tanto incomodam o candidato petista.
O ministro do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) Benedito Gonçalves proibiu o presidente Jair Bolsonaro (PL) de usar imagens do 7 de Setembro em material de campanha.
O ministro do TSE viu favorecimento eleitoral do candidato à reeleição no uso de gravações feitas pela TV Brasil. Em decisão publicada na noite de sábado (10), o ministro atendeu a um pedido da coligação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O chefe do Executivo tem cinco dias para apresentar sua defesa.
Benedito Gonçalves, que é corregedor-geral eleitoral, deu prazo de 24 horas para que Bolsonaro e seu candidato a vice, Walter Braga Netto, cessem a veiculação de todos os materiais de propaganda eleitoral que usem imagens do presidente nos eventos oficiais da celebração do Bicentenário da Independência em Brasília e no Rio de Janeiro. O magistrado estabeleceu multa diária de R$ 10 mil em caso de descumprimento da medida.
Horário Eleitoral
O comando da campanha de Jair Bolsonaro avaliou que mostrar a Esplanada dos Ministérios e a orla de Copacabana cheias de apoiadores do chefe do Executivo pode fazer com que eleitores indecisos sejam contaminados pelo “clima de vitória”, numa espécie de “efeito manada”, e decidam votar em Bolsonaro.
“Nosso Brasil está comemorando 200 anos de independência e a gente foi para a rua comemorar esse passado, mas também para dizer que Brasil a gente quer para o futuro”, diz a locutora da peça publicitária, que aposta no eleitorado conservador e religioso, com prioridade à defesa da família e à rejeição ao aborto e à legalização das drogas.
“Está vendo essa galera toda aí? Tem pai, tem mãe, tem tio, avô, avó, tem a juventude, as crianças. Isso é a família, e todos querem a mesma coisa: um Brasil decente e seguro”, acrescenta a locutora. “O Brasil que eu quero para os meus filhos é sem a liberação das drogas”, afirma, em seguida, uma apoiadora. “É o que nós estamos precisando neste momento: a união das famílias”, diz outra militante.
Além da proibição do uso das imagens, a coligação de Lula pediu ao TSE a quebra de sigilo bancário, telefônico e telemático de aliados de Bolsonaro que participaram da organização das manifestações de 7 de setembro. Em Ação de Investigação Judicial Eleitoral (Aije) protocolada neste sábado, 10, no TSE, os advogados do PT também pedem que o presidente preste depoimento
De acordo com a coligação de Lula, o objetivo é descobrir valores que foram gastos de forma direta e indireta, por exemplo, na divulgação e convocação para os atos do 7 de setembro em Brasília e no Rio, na contratação de trios elétricos e no deslocamento de pessoas e tratores para a capital federal. Esses pedidos, contudo, ainda não foram analisados por Gonçalves.
Com informações da itatiaia.com.br
Relacionadas
Toffoli anula todos os atos da Lava Jato contra Marcelo Odebrecht
Moraes diz que não há discussão no TSE sobre adiar eleições no RS
Direção da PCGO inaugura nova sede da 1ª DRP em Goiânia