Maior hidrelétrica do mundo, a Barragem das Três Gargantas, construída no rio Yangtzé na China, pode estar afetando a rotação da Terra, ao armazenar impressionantes 42 bilhões de toneladas de água em seu reservatório. Embora os estudos científicos sobre o assunto ainda sejam contraditórios, alguns pesquisadores acreditam que o impacto pode ser significativo.
Obra épica do governo chinês, a barragem foi construída entre os anos de 1994 e 2009, consumindo um total superior a US$ 37 bilhões (R$ 180 bilhões) e obrigando cerca de 1,2 milhão de pessoas a se mudarem das margens do rio. O impacto ambiental também foi profundo, com a inundação de 600 quilômetros quadrados de florestas, áreas agrícolas e sítios arqueológicos.
Mas, apesar dos obstáculos, a represa ficou totalmente funcional em julho de 2012, com seus imponentes 181 metros de altura e 2,33 km de largura através do rio Chang Jiang. Em 2013, a barragem alcançou um recorde mundial, ao conseguir gerar 98.8 terawatt-hora (TWh), número suplantado somente dois anos depois pela nossa Hidrelétrica de Itaipu, que produziu 103,1 TWh.
Para se entender como uma barragem é capaz de afetar a rotação do nosso planeta, precisamos recordar o conceito da física chamado “momento da inércia”, que mede a resistência de um corpo à alterações em sua velocidade angular. A premissa diz que quanto mais a massa se afasta do seu eixo, maior se torna o momento da inércia.
Dessa forma, é de se supor que, ao se encher o reservatório da usina com bilhões de toneladas de água acima do nível do mar, essa massa possa aumentar o momento de inércia da Terra, fazendo com que o planeta gire mais devagar. Isso significa até mesmo um aumento da duração dos dias.
Fonte: TecMundo
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