EUA, Austrália, Canadá e Itália reagem após demissões de funcionários da UNWRA acusados de participar de ataque a Israel
Ao menos três países tomaram a mesma iniciativa dos Estados Unidos de suspender, temporariamente, o financiamento de ações da Agência das Nações Unidas de Assistência e Obras para Refugiados da Palestina (UNWRA). A motivação para a pausa nos repasses foi o relato de acusações de que funcionários da agência que atuam em Gaza teriam participado do brutal ataque do grupo terrorista do Hamas, que matou 1,7 mil israelenses, na invasão de 7 de outubro de 2023 ao Sul de Israel. As demissões dos acusados foram anunciadas ontem (26), pela própria agência.
Austrália, Itália e Canadá divulgaram as suspensões dos repasses, em resposta à fala do comissário-geral da UNRWA, Philippe Lazzarini, que comunicou a rescisão imediata dos contratos dos funcionários que estariam supostamente envolvidos nos ataques que motivaram a guerra de Israel ao Hamas, que destrói a Faixa de Gaza e já teria matado cerca de 26 mil mortos na Palestina.
“As alegações de que o pessoal da UNRWA esteve envolvido nos abomináveis ataques terroristas de 7 de outubro são profundamente preocupantes”, disse a ministra dos Negócios Estrangeiros da Austrália, Penny Wong, em publicação na rede social X, neste sábado (27).
“O Canadá condena o ataque de 7 de outubro a Israel. Estou profundamente preocupado com as alegações relacionadas a alguns funcionários da UNRWA. Eu instruí a Global Affairs Canada para pausar todo o financiamento adicional para a UNRWA enquanto aguarda o resultado da investigação”, anunciou o ministro do Desenvolvimento Internacional do Canadá, Ahmed Hussen, no início da noite de ontem, no X.
Na manhã de hoje, o ministro das Relações Exteriores da Itália, Antonio Tajani, também usou a rede social para afirmar que o governo italiano sustou repasses para a UNRWA, depois do ataque atroz do Hamas contra Israel em 7 de Outubro. “Os países aliados tomaram recentemente a mesma decisão. Estamos empenhados na assistência humanitária à população palestiniana, protegendo a segurança de Israel0”, escreveu Tajani.
A suspensão dos repasses dos americanos foi comunicada ontem pelo porta-voz do Departamento de Estado dos EUA, Matt Miller, que expôs a iniciativa do secretário de Estado Antony Blinken de falar com o secretário-Geral das Nações Unidas, Antonio Guterres, na quinta-feira (25), para enfatizar a necessidade de uma investigação completa e rápida do caso.
“Congratulamo-nos com a decisão de conduzir tal investigação e com o compromisso do Secretário-Geral Guterres de tomar medidas decisivas para responder, caso as alegações se revelem precisas”, disse Miller.
Créditos: Diário do Poder
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