A ditadura da Venezuela, se ofendeu com a nota tímida do Itamaraty sobre o impedimento de última hora da principal candidatura da oposição, com o fim do processo de inscrição de candidatos nesta terça, 26 de março. A diplomacia brasileira disse ver com “expectativa e preocupação” o desenrolar dos fatos, mas permanece em cima do muro sobre criticar o ditador Nicolás Maduro.
O ministro das Relações Exteriores venezuelano, Yvan Gil. publicou uma nota acusando o comunicado do Itamaraty de ser “cinzento e intervencionista”.
“O Ministério do Poder Popular para as Relações Exteriores da República Bolivariana da Venezuela repudia o comunicado cinzento e intervencionista redigido por funcionários da chancelaria brasileira, que parece ter sido ditado pelo Departamento de Estado dos Estados Unidos, no qual são emitidos comentários carregados de profundo desconhecimento e ignorância sobre a realidade política na Venezuela”, diz a nota venezuelana.
O curioso é que o comunicado atribui o suposto intervencionismo a “funcionários da chancelaria brasileira”.
Ao mesmo tempo, a chancelaria venezuelana elogia Lula, aliado de Maduro, e repete outro trecho da mesma nota do Itamaraty que critica. A parte copiada, entretanto, passa pano para a ditadura e pede o fim das sanções americanas.
“Finalmente, o Governo Bolivariano agradece as expressões de solidariedade do Presidente Lula Da Silva, que condenam direta e inequivocamente o bloqueio criminoso e as sanções que o governo dos Estados Unidos impôs ilegalmente, com o objetivo de produzir dano ao nosso povo”, diz a nota venezuelana.
Fonte: O Antagonista
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