Juízes federais do Paraná, representados pela Associação Paranaense dos Juízes Federais (Apajufe), promoveram uma paralisação nesta terça-feira, 16 de abril, em resposta ao afastamento de colegas pela decisão do ministro Luís Felipe Salomão, corregedor do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Os magistrados Gabriela Hardt, Danilo Pereira Júnior e os desembargadores Carlos Eduardo Thompson Flores e Lenz Loraci Flores de Lima foram afastados de suas funções, o que gerou grande controvérsia.
A Apajufe defende que essa ação prejudica o “exercício livre da profissão” e expressa uma séria preocupação com a “fragilização das garantias da magistratura”. Em comunicado, a associação critica os fundamentos da decisão como “genéricos” e aponta a inoportunidade do afastamento, determinado na véspera de um julgamento no plenário do CNJ. “Os magistrados afetados nunca foram investigados ou sancionados administrativamente, mantendo suas jurisdições intactas até o presente momento”, destaca a nota.
A decisão do ministro Salomão veio após uma fiscalização do CNJ que alegou irregularidades na gestão das multas de acordos de delação e leniência durante a Operação Lava Jato, particularmente envolvendo a juíza Gabriela Hardt. Ela foi acusada de discutir, por mensagens, os termos de um acordo que desviaria fundos da Petrobras para uma fundação privada — uma proposta que foi fortemente criticada e posteriormente abandonada pela força-tarefa da Lava Jato.
Fonte: Hora Brasília
Relacionadas
Lei Rouanet e Lei Aldir Blanc terão R$ 18 bilhões em 2025
Empresário Luiz Galeazzi e família morreram na queda de avião em Gramado
Vereador flagra exato momento da queda da ponte entre Maranhão e Tocantins; assista