A agropecuária no Rio Grande do Sul enfrenta perdas estimadas em R$ 3 bilhões devido às enchentes que devastaram o estado recentemente, segundo levantamento da Confederação Nacional dos Municípios (CNM). A estimativa inicial de R$ 570 milhões cresceu significativamente, evidenciando a extensão dos danos.
A agricultura foi o setor mais afetado, com prejuízos de R$ 2,7 bilhões, enquanto a pecuária sofreu perdas de R$ 245,4 milhões. A Emater está finalizando um diagnóstico detalhado dos danos junto aos produtores.
Setores impactados:
- Agricultura: A enchente prejudicou a colheita da safra de verão. A consultoria Cogo Inteligência em Agronegócio estima que 10% da produção de 35,1 milhões de toneladas foi perdida, incluindo até 3 milhões de toneladas de soja.
- Pecuária: A pecuária foi severamente afetada, com problemas na alimentação dos rebanhos devido à perda de pastagens e dificuldades no transporte de ração.
- Avicultura: A Organização Avícola do Rio Grande do Sul (O.A.RS) calcula prejuízos de R$ 247,2 milhões, incluindo danos às aves e infraestrutura.
- Suinocultura: A Associação de Criadores de Suínos do Rio Grande do Sul (Acsurs) estima perdas de R$ 48,6 milhões, incluindo a morte de 12.648 animais.
- Citricultura e pecanicultura: Estima-se que 50% da safra de citros foi comprometida e 81% dos pomares de noz-pecã foram afetados.
A cheia também afetou a infraestrutura, com danos a estradas vicinais que dificultam o transporte de produtos e insumos. Além disso, mais de 500 mil hectares de terra foram inundados, impactando mais de 340 mil propriedades rurais, principalmente de pequeno e médio porte.
Visita ministerial:
O ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, visitará o estado para montar um gabinete especial voltado às demandas de reconstrução. A visita abre expectativas para novos anúncios de apoio ao setor agropecuário.
Perspectiva de recuperação:
O impacto das enchentes exige medidas urgentes e prolongadas de recuperação. O presidente da Comissão de Agricultura da Assembleia Legislativa gaúcha, Luciano Silveira, destaca a necessidade de carência e prorrogação de dívidas para que os agricultores possam se reerguer.
Perdas por segmento (estimativas preliminares):
- Agricultura: R$ 2,7 bilhões
- Pecuária: R$ 245,4 milhões
- Avicultura: R$ 247,2 milhões
- Suinocultura: R$ 48,6 milhões
- Quebra de 10% na safra de verão de grãos
- Quebra de 50% nos citros em geral
- 81% dos pomares de noz-pecã afetados
As perdas totais ainda estão sendo atualizadas à medida que novas informações são coletadas e analisadas.
Fonte: poa24horas
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