O poder econômico da cana-de-açúcar em Catanduva e em todo país

Por Ricardo Rebelato

 

Catanduva, localizada no interior de São Paulo, tem se destacado no cenário econômico estadual através de suas exportações, especialmente impulsionadas pelo setor sucroenergético. Em 2024, a cidade figura, até o momento, como a 54ª no ranking de exportações do estado, com um valor expressivo de R$ 109,58 milhões movimentados apenas em produtos exportados localmente. Desse montante, 38% é atribuído ao açúcar de cana, evidenciando a relevância dessa cultura para a economia local.

A importância da cana-de-açúcar não se limita apenas às exportações. No âmbito da agropecuária estadual, dados recentes indicam um crescimento de 4% no PIB em abril de 2024, com a região de Catanduva se destacando como a 15ª maior produtora agropecuária entre as Coordenadorias de Assistência Técnica Integral (CATI). Neste contexto, a cana-de-açúcar assume um papel crucial, representando 60,7% do valor de produção agropecuária (VPA) local, movimentando mais de R$ 5 bilhões.

A cana-de-açúcar não apenas lidera o VPA regional, mas também se destaca em nível estadual, contribuindo com 37,51% do VPA total de São Paulo. Em 24 das 40 regionais do estado, ela ocupa a primeira posição entre os produtos de maior VPA e está entre os cinco primeiros em outras oito regiões. Esse desempenho exemplifica não apenas a robustez da produção local, mas também a sua influência no panorama econômico paulista.

Além do impacto econômico direto, a cana-de-açúcar desempenha um papel fundamental no setor sucroenergético nacional. O Brasil lidera o ranking mundial das exportações de açúcar, com significativos 20,28 milhões de toneladas embarcadas em 2023, resultando em um saldo cambial expressivo de US$10,76 bilhões. Esse cenário sublinha não apenas a importância local, mas também nacional da cultura canavieira, que não só supre a demanda interna por matéria-prima como também fortalece a balança comercial do país.

A empresa da família Rebelato, por exemplo, contribui significativamente para esse panorama, com uma produção média anual de 300 mil toneladas de cana própria.

Em suma, a cana-de-açúcar é um pilar econômico que impulsiona exportações, gera empregos e fortalece a posição do Brasil no mercado global. A sua relevância transcende as fronteiras locais, deixando um impacto significativo tanto no desenvolvimento regional quanto na economia do país como um todo.

 

Ricardo Rebelato é catanduvense, administrador e consultor de empresas e empresário do agronegócio