A Feira Anuga, a maior feira de alimentos do mundo, que acontece entre os dias 09 e 13 de outubro na Alemanha, conta este ano com 4500 expositores, sendo 77 empresas brasileiras, que vieram para abrir ainda mais mercados para exportação, bem como estreitar os laços comerciais com as empresas já parceiras.
A Abiec comprou um espaço para que o Brasil pudesse demonstrar a rota da sustentabilidade da produção brasileira. Nesse estande é possível absorver dados muito importantes, como a quantidade de terra, a quantidade mata nativa, uso da água na produção de carne, o cuidado com a emissão de carbono, muito menor que a do restante do mundo, a importância do Código Florestal uma das leis mais rígidas do mundo e o cumprimento de muitas metas antecipadas do acordo de Paris. O painel também mostra o aumentamos da nossa produtividade em 159% e que diminuímos nossa área de produção em 13.6%, com a preservação de 280.2 milhões de hectares. Tudo isso em função de estudos, pesquisas, leis e aplicação de tecnologia.
Recentemente no debate promovido na Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) no dia 5 de outubro de 2021 o Ministro do Meio Ambiente afirmou que o Brasil tem como meta a redução em 43% das emissões de gases de efeito estufa até o ano de 2030, sendo que somos emissores de menos de 3% no mundo.
Em novembro desse ano está prevista a Conferência das Nações Unidas para as mudanças climáticas (COP26) e o Ministro Joaquim Leite declarou que irá posicionar o Brasil como um país sustentável, que preza pela preservação das florestas, utiliza energias renováveis e tem metas ambiciosas na redução das emissões dos gases de efeito estufa, bem como usamos o biocombustível, exemplo para o mundo. Estamos criando o Programa de Crescimento Verde com meta de neutralidade de carbono até 2050.
Nesse sentido a Presidente da Comissão da Agricultura Aline Sleutjes destaca: “mesmo avançando na produtividade nós diminuímos a nossa área de produção e temos uma preservação expressiva de hectares. Nós brasileiros temos que agradecer a EMBRAPA, Institutos de tecnologias e todas as instituições que têm nos ajudado com pesquisas e avanços para a sustentabilidade e preservação ambiental brasileira”
O Brasil é signatário de tratados mundiais para a preservação ambiental, entre eles o ACORDO DE PARIS, no painel exposto da Feira Anuga, é possível ver quais os acordos o Brasil já cumpriu, entre eles a redução e área de pasto degradado, segundo dado de 2018, já cumprimos 70% da meta e a integração entre lavoura e pecuária 146%.
Temos pouca utilização de água de reuso (menos de 1%) para irrigação, sendo que 98% da água utilizada é a chamada “água verde” proveniente da chuva, que entra no solo. Outros países como a Holanda por exemplo, utiliza 87% de “água verde” para a irrigação, mostrando que o Brasil está à frente nesse quesito também.
Quanto à preservação ambiental, o Brasil tem 66.3% de seu território preservado, sendo que 25.6% dessas áreas são preservadas pelos próprios produtores rurais, mostrando que a parceria entre agro e meio ambiente é harmônica e responsável. Esse percentual é grande se comparado a outros países como por exemplo os Estados Unidos que tem apenas 19.9% de área preservada.
Nós temos um código florestal rígido, em que há a preservação de 80% da área da Amazônia legal. Na Amazônia são mais de 5 milhões de quilômetros quadrados e 4.2 milhões de quilômetros são preservados.
“Precisamos derrubar as narrativas que tentam destruir o Brasil com inverdades sobre a produção agropecuária brasileira e o meio ambiente. Nesse evento, na Alemanha, tivemos a oportunidade não somente de abertura de mercado, mas também de mostrar nossa responsabilidade em relação a sustentabilidade e a preservação do nosso país!” finalizou a presidente da CAPADR Aline Sleutjes.
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