No início da década de 1990, uma aparição usual cativou a atenção da população norte-americana ao sintonizar o aparelho televisor no show da apresentadoraOprah Winfrey; na tela, surgia um único corpo, mas que carregava duas cabeças pensantes, chocando os telespectadores estadunidenses. Tratava-se das gêmeas siamesas Abigail Loraine “Abby” Hensel e Brittany Lee Hensel, ainda jovens e levadas ao palco da atração transmitida nacionalmente após os produtores do programa ver a reportagem das garotas na revista Time. Projetadas nacionalmente, chamaram atenção pela rara condição física, acrescentando que a separação chegou a ser cogitada pelos pais, mas devido aos riscos de morte, foi descartada. Dessa maneira, elas aprenderam a se comunicar e compartilhar o mesmo corpo, tendo de coordenar os movimentos e as funções fisiológicas.
Filhas de Patty e Mike Hensel, elas acabaram se tornando as gêmeas siamesas mais famosas do mundo aos seis anos, como classificou o jornal britânico The Mirror. Ainda mais que isso, contrariaram as expectativas médicas de que não teriam muito tempo de vida e cresceram saudáveis, se tornando exemplos em suas vidas pessoais. Ao veículo inglês, Abby explicou que adaptou o modo de vida: “Nunca desejamos estar separadas porque nunca conseguiríamos fazer todas as coisas que sabemos, como jogar softball, correr e praticar esportes”.
Hoje com 32 anos de idade, ambas não apenas cresceram com saúde, mas conseguiram concluir normalmente os estudos e se tornaram professoras de Ensino Fundamental, cada uma com uma licença de ensino válida em todo o território dos Estados Unidos, como revelou a BBC em reportagem de 2013. Até então, elas lecionavam uma única escola e compartilhavam um só salário. Além da profissão, elas desenvolveram truques que aumentam a capacidade sensorial. Um exemplo é ao dirigir; elas tiraram a carta ao completarem 16 anos, com Abby sendo encarregada dos pedais e marchas, enquanto Brittany se responsabiliza pelas setas, volante e luzes, possibilitando a atenção redobrada no trânsito. As meninas não possuem redes sociais e evitam interações online devido ao assédio, principalmente relacionado as vidas amorosas. Ao The Daily Mirror, em 2012, não confirmaram se possuem parceiros, mas manifestaram interesse em, um dia, constituir família.
“Seremos mães um dia, mas não queremos falar sobre como isso vai funcionar ainda. […] O mundo inteiro não precisa saber quem estamos vendo, o que estamos fazendo e quando vamos fazer. Mas acredite em mim, somos pessoas totalmente diferentes”, concluiu.
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