Estudante da 2ª série do ensino médio no Centro de Ensino em Período Integral (Cepi) Dom Pedro II, em Caldas Novas, Maurielle Portela traz da infância a paixão por arte.
“Comecei a desenhar no 6º ano do fundamental, há uns 7 anos, e não parei mais. Primeiro no papel, desenho tradicional, e depois desenho digital, usando o celular. Aprendi assistindo vídeos aqui e ali, lendo sobre técnicas de desenho, pegando dicas com amigos. De pouco em pouco fui estudando e não pretendo parar”, contou.
Seu interesse e empenho na produção artística lhe abriu portas para uma conquista que mescla o desenho com outra paixão de sua vida, as Ciências Exatas. Em sua primeira participação na Olímpiada Nacional de Física das Escolas Públicas (OBFEP), em 2023, Maurielle teve a alegria de alcançar o 1° lugar no Concurso de Ilustração, que teve por tema: Homens e Mulheres na Ciência.
O desenvolvimento de sua obra foi inspirado no desejo de trazer representação feminina e de abordar o assunto que, naquele momento, estava sendo discutido nas aulas de física de sua turma.
“No mês que fiz o desenho, estava estudando sobre supercondutividade e supercondutores. Também havia assistido muitos vídeos e matérias a respeito, por isso resolvi aplicar um pouco de toda essa inspiração visual. E podíamos desenhar cientistas, então coloquei também três importantes pesquisadores da área”, explicou a jovem.
Cepi de Caldas Novas
Essa foi a primeira vez que alunos do Cepi Dom Pedro II participaram do Concurso de Ilustração. Porém, segundo o professor de física e atual gestor da unidade, José Neto de Oliveira, todo ano o Cepi marca presença nas fases da OBFEP.
“Sempre incentivo a participação em olimpíadas de conhecimento em minhas turmas e na instituição. Em 2023 ofertei a proposta para as turmas de 9º ano do fundamental e de ensino médio”.
Sete medalhas nacionais
De todos os três níveis da OBFEP, Goiás obteve sete medalhas nacionais, sendo seis de prata e uma de bronze. Destas, o Cepi de Caldas Novas, segundo o gestor, foi contemplado com cinco medalhas de prata no nível A, 9º ano do ensino fundamental.
Para a professora Danúzia Batista, o incentivo constante da equipe docente aos estudantes é um passo essencial nesta conquista.
Olhares atenciosos e especiais
“No colégio temos vários alunos com inúmeras habilidades diferentes. A partir do interesse deles, fomos moldando o que poderia ajustar para seguir as regras, mas com liberdade de criação. Muitas vezes os alunos só acreditam em seu potencial quando damos um olhar especial para sua habilidade e colhemos frutos, mesmo que sejam frutos de experiência”, afirma.
E foi por meio desse olhar atencioso de uma professora que Maurielle Portela ficou sabendo do concurso e pôde se inscrever mais confiante e segura de si.
“Minha professora de física, Eliane, um amor de pessoa, me avisou da competição e me incentivou a participar. Falou do edital, me avisou do prazo de entrega, ainda imprimiu e enviou o desenho pelos Correios. Ela sempre incentiva os alunos a participarem dos projetos que aparecem e das Olimpíadas”, contou.
E o amor que carrega pela arte e a física é um dos fatores que motivam Maurielle a ingressar, futuramente, em um curso superior: “Pretendo fazer física ou matemática. E, talvez, como uma segunda faculdade, artes plásticas me interessa”.
Premiação
O resultado da premiação foi anunciado na última terça-feira (14/05), no site da OBFEP. O prêmio será uma placa a ser entregue para todos os premiados da Olímpiada pelas secretarias estaduais, em cerimônia com data a ser definida.
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