Anatel identifica torre de celular como fonte de interferência no GPS dos voos no Aeroporto de Guarulhos

Os fiscais da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) permanecem em plantão por tempo indeterminado para apurar a origem da interferência que prejudicou o Sistema de Posicionamento Global (GPS) no Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos, na terça-feira (3). O problema recorrente gerou atrasos e cancelamentos de voos, afetando significativamente o fluxo aéreo do terminal.

No final da tarde de terça-feira (3), os investigadores identificaram uma torre de celular localizada no bairro do Pari, na região central da capital paulista, como a possível fonte da interferência. De acordo com a GRU Airport, que gerencia o aeroporto, as operações foram normalizadas na quarta-feira (4), com o sinal do GPS sendo restabelecido às 17h do dia anterior.

Marcelo Scabarozi, gerente regional da Anatel, detalhou que as equipes realizaram o desligamento da torre para confirmar sua relação com o problema. Após a interrupção, a interferência cessou, mas a equipe precisou religar a torre para continuar os testes.

“Este tipo de investigação envolve a exclusão de possibilidades por meio de testes e ensaios. A maior dificuldade ocorre com sinais intermitentes, que requerem um período de observação. Por isso, nossa equipe permanece em plantão sem prazo definido“, explicou Scabarozi.

Impacto nas operações aéreas foi notável – A GOL informou o cancelamento de seis voos devido à falha no GPS, enquanto a Azul confirmou dois cancelamentos e cinco voos com atraso. A LATAM também registrou atrasos em algumas de suas decolagens. A GRU Airport ressaltou que a instabilidade no sistema de navegação GNSS, específico para aeronaves, causou atrasos pontuais nas decolagens.

Na semana passada a Força Aérea Brasileira (FAB), por meio do Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA), informou que a instabilidade de recepção do sinal de GPS pelas aeronaves que operavam no aeroporto de Guarulhos, nas decolagens da cabeceira 10L utilizando o procedimento RNAV, afetou a capacidade dos Sistemas Globais de Navegação por Satélite (GNSS, do inglês Global Navigation Satellite Systems) destas aeronaves.

Fonte: Aeroin