O ministro do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e corregedor-geral da Justiça Eleitoral, Benedito Gonçalves, atendeu ontem (19) a um pedido apresentado pela coligação de Lula (PT) e vai investigar o ex-presidente Jair Bolsonaro e seu candidato a vice-presidente, Braga Neto, por suposta prática de abuso de poder político nas eleições 2022. De acordo com os partidos que apoiaram Lula, Bolsonaro usou a estrutura do Palácio do Planalto e do Palácio da Alvorada em atos de campanha, transformando os locais públicos em “palco de encontro” com governadores, deputados federais e até cantores sertanejos. O ex-presidente já responde a 15 ações no TSE e, recentemente, o ministro Benedito aceitou incluir numa delas a chamada “minuta do golpe”, documento apreendido na residência do ex-ministro da Justiça Anderson Torres pelo qual permitiria ao ex-presidente decretar estado de defesa do TSE para anular a eleição presidencial e deixar Bolsonaro no poder. Os próprios partidos que apoiaram o ex-presidente avaliam que, após os atos golpistas do domingo (8), aumentaram as chances de condenação dele no TSE, o que o deixaria inelegível por oito anos.
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