Por 19 votos favoráveis e 4 contra, o plenário da Câmara aprovou na sessão de hoje (18), em primeira votação, o projeto de resolução, de autoria de vereador Ronilson Reis (Brasil 35) que proíbe a posse e porte de armas em várias dependências da Câmara, especialmente no plenário da Casa, auditórios, gabinetes, entre outros locais. Durante a votação, o clima ficou entre os vereadores Sargento Novandir e Santana Gomes, com trocas de acusações e ameaças verbais.
Na tramitação na Câmara, o projeto será agora encaminhado para a Comissão de Segurança Pública, presidida pelo vereador Anderson Salles Bokão, que indicou para relator da matéria o vereador Geverson Abel (Avante). Bokão, por sinal, anunciou que irá apresentar uma emenda ao projeto, alterando o artigo primeiro, na qual somente os vereadores eleitos ficarão proibidos de posse e uso de armas no plenário da Casa, em sessões de homenagens a instituições de segurança.
CLIMA PESADO
Da tribuna, o vereador Novandir fez um pesado pronunciamento contra os vereadores favoráveis ao projeto. Adiantou que levará para os quartéis e instituições militares e de segurança “esse absurdo aprovado por este Poder. Aliás, se for aprovado vou apresentar um requerimento cancelando todas as homenagens que esta Casa pretende fazer aos militares. Essa proposta é uma maldade contra as forças de segurança”, destacou o vereador.
Por sua vez, Santana Gomes ocupou a tribuna usando um colete a prova de balas. “Creio que todos os vereadores terão que usar um colete, pois o clima aqui é o pior possível. Garanto ainda que este projeto não, sob nenhuma circunstância, é contra as forças policiais. Mas sim favorável à democracia e à liberdade de ir e vir no nosso plenário. O legislativo é soberano”.
E o autor do projeto, Ronilson Reis, completou:” Estamos apenas resguardando a integridade não só dos vereadores como também dos funcionários. Não podemos aceitar vereador portando armas no plenário para coagir e ameaçar colegas. Isso extrapola o bom senso. Não estamos tomando uma posição contra os militares, mas apenas seguindo o Congresso Nacional, Assembleia Legislativa, entre outros poderes, que proíbem armas em suas dependências”.
Votaram contra o projeto os vereadores Sargento Novandir, Cabo Sena, Gabriela Rodarte (DC) e Thialu Guiotti (Avante).
Fonte: Camaragyn
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