“Aproveite sua liberdade para falar de Jesus”, diz cristã norte-coreana em visita ao Brasil

Em entrevista ao Guiame, Kim contou o testemunho de fé de sua família. “Eu sou a terceira geração de cristãos na minha família, pois meu pai e meus avós se converteram antes da Guerra da Coreia entre 1950 e 1953. Porém, eu já nasci em um contexto de extremo controle do governo sobre todo cidadão norte-coreano e, principalmente, sobre o cristão que é visto como traidor do sistema, do governo e do país”, contou ela.

Mesmo nascendo em uma família cristã, Kim não sabia que seus pais eram convertidos e nunca havia ouvido sobre Jesus em casa. No país, os pais mantêm a fé escondida dos filhos, porque as crianças são incentivadas a denunciar os pais na escola.

“As crianças norte-coreanas são estimuladas a entregar seus pais, caso encontrem uma Bíblia (livro preto) em casa ou encontrem seus pais em atitudes suspeitas”, explicou Sang-Hwa.

Descobrindo que seus pais eram cristãos

Até que aos 9 anos, ela descobriu a crença da família. “Um dia, vasculhando uma gaveta de uma mesa de escritório, vi que essa mesa tinha um fundo falso. Enfiei a mão e senti um papel diferente e achei que fosse dinheiro. Ao puxar, veio um livro preto sem inscrição alguma na capa. Abri e li: ‘No princípio criou Deus os céus e a terra’. Fechei rapidamente e entendi que aquele era o livro preto. Tremi, chorei, fiquei confusa. Não sabia o que fazer: entregar meu pai para a professora, perguntar a ele sobre o livro proibido”, lembrou Kim.

Mesmo com medo, Kim decidiu perguntar ao pai e ele lhe apresentou o Evangelho pela primeira vez.

Liberdade religiosa no Brasil

Em viagem ao Brasil com a Missão Portas Abertas, Kim conheceu de perto a liberdade religiosa que as igrejas brasileiras desfrutam.

“Eu só tenho a dizer o quanto vocês podem adorar livremente a Deus. O quanto vocês podem evangelizar livremente. O quanto isso é possível e até estimulado no Brasil”, afirmou.

“Por favor, aproveitem a liberdade que vocês têm para adorar a Deus, buscar a Deus, ter comunhão um com os outros e, principalmente, para falar de Jesus. O fim está próximo e a perseguição global é uma realidade. Aproveitem a liberdade religiosa que vocês têm”, encorajou ela.

Fonte: Guiame