Nos últimos 529 dias de conflito, a América Latina não esteve apenas fisicamente distante da guerra na Ucrânia. Embora a invasão da Rússia tenha sido condenada de forma geral na região, apenas alguns países se juntaram à aliança ocidental liderada pelos Estados Unidos e pela Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan). Poucos enviaram armas para ajudar a ex-república soviética a se defender da agressão do presidente russo Vladimir Putin, impuseram sanções econômicas ou de outra natureza contra a Rússia — uma potência que continua tendo grande influência no continente e com a qual muitos continuam fazendo negócios. Em uma coletiva de imprensa com diversos jornalistas da mídia latino-americana no Gabinete Presidencial em Kiev, o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, pediu apoio e compreensão. Ao convidar todos os países latino-americanos para discutir sua fórmula de paz na cúpula global que está preparando, ele não escondeu seu descontentamento com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, afirmando que “as declarações de Lula não trazem paz alguma”.
As declarações de Lula não trazem paz alguma, diz presidente ucraniano sobre guerra contra Rússia

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