A rotina exaustiva, tanto emocional quanto fisicamente, de uma profissional de saúde de Belo Horizonte que está na linha de frente contra a Covid-19 não deixou de ser difícil mesmo após dois anos de pandemia. Apenas na última semana, a residente de pediatria Marina Paixão de Madrid Whyte, de 27 anos, viu três crianças morrerem com a suspeita da doença no Hospital Infantil João Paulo II.
“Quando uma criança morre, nós perdemos toda a vida que ela teria pela frente. Parece que uma luz se apagou. É uma sensação avassaladora”, diz Marina sobre acompanhar a evolução do quadro dos pacientes até o óbito.
Os casos se tornaram públicos após a médica fazer um relato pelas redes sociais. Há 40 dias atuando no CTI (centro de tratamento e terapia intensiva) da unidade de saúde, Marina relata que o número de registros de Covid-19 tem aumentado. “Não sei se fui inocente, mas eu acreditava que a situação estaria melhor depois de dois anos. Na verdade, o número de casos de crianças infectadas com o vírus que evoluem mal está crescendo. Os profissionais de saúde estão exaustos. Estamos lidando com uma carga muito pesada, emocional e fisicamente.”
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