Conforme um estudo realizado pela Comissão da Revista Científica Lancet Neurology em colaboração com a World Stroke Organization, até 2050 as mortes por acidente vascular cerebral (AVC) podem chegar a quase 10 milhões, por ano. Registrando um aumento de 47%. Em 2020, a doença tirou a vida de 6,6 milhões de pessoas no mundo.
“O número de pessoas que sofrem um AVC, morrem ou permanecem incapacitadas pela doença em todo o mundo aumentou, quase duplicou nos últimos 30 anos. A doença, porém, é altamente evitável e tratável, desde que sejam implementadas as soluções indicadas nesse estudo, que têm uma base sólida de evidências, é ação capaz de levar a uma redução significativa dos casos de AVC”, diz a neurologista e pesquisadora Sheila Martins, presidente da WSO, único órgão global voltado exclusivamente para o AVC, e uma das principais autoras da pesquisa que será lançada no Congresso Mundial de AVC, entre 10 e 12 de outubro, em Toronto, no Canadá.
Para chegar às projeções, o levantamento reuniu 12 especialistas em AVC, de seis países de alta renda e seis de baixa e média renda, que utilizaram métodos de estudo da Carga Global de Doenças (Global Burden of Diseases). Segundo eles, até 2050, 91% das mortes por AVC ocorrerão em países de baixa e média renda, com gastos em tratamentos, reabilitação e custos indiretos do AVC chegando a US$ 2,3 bilhões.
“Uma das metas é reduzir as 41 milhões de mortes prematuras causadas por doenças não-transmissíveis, incluindo o AVC, em um terço até 2030. Alcançar esse objetivo exige US$ 140 milhões em novas despesas entre 2023 e 2030, no entanto, os benefícios financeiros com a redução dos casos e seus impactos superam esse valor”, pontua a médica sobre este que é um dos principais Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da OMS (Organização Mundial de Saúde), mas que não será alcançado, se as tendências atuais não mudarem.
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