Nasceram, pela primeira vez, no Reino Unido, bebês gerados com recurso ao material genético de três pessoas. A informação foi confirmada hoje (10) pela Autoridade de Fertilização Humana e Embriologia, que confirmou o nascimento de “menos de cinco bebês” desta forma no Reino Unido, não fornecendo, contudo, mais detalhes. Destaca-se que este é um esforço para evitar que as crianças herdem doenças genéticas raras.
A Associated Press relata que, em 2015, o Reino Unido tornou-se no primeiro país a adotar legislação que regula métodos para ajudar a impedir que mulheres com distúrbios mitocondriais passem defeitos genéticos para os seus bebês, que podem resultar em doenças como distrofia muscular, epilepsia, deficiência intelectual, entre outras. A técnica usa tecido de óvulos de dadoras saudáveis para criar embriões livres de mutações genéticas nocivas que as mães provavelmente transmitiriam aos filhos.
Segundo o artigo do The Guardian, os embriões assim gerados com esta técnica combinam o material genético do espermatozoide e do óvulo dos pais biológicos com o das mitocôndrias (organelos celulares) saudáveis do óvulo da dadora. Desta forma, o bebê nascido tem DNA (mais de 99,8%) da mãe e do pai, como sempre, mas também uma pequena quantidade de material genético – cerca de 37 genes – de uma doadora. A legislação no Reino Unido foi alterada em 2015 para permitir o tratamento de doação mitocondrial, com o Centro de Fertilidade de Newcastle a ser a única unidade no país licenciada para o fazer.
Fonte: Notícias ao Minuto
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