Boris Johnson aceitou nesta quinta-feira (7) deixar o cargo de primeiro-ministro do Reino Unido, após pressões e renúncias de ministros e assessores do governo. Johnson pretende, no entanto, manter-se nas funções até que o Partido Conservador escolha novo líder.
Ele seguirá como primeiro-ministro interino até o partido decidir o novo nome. “Ao público, sei que muitos estarão aliviados. Estou triste por estar entregando o melhor emprego no mundo”, disse.
A saída de Johnson acontece após o primeiro ministro perder o apoio do partido em meio a vários escândalos. Envolto em crises nos últimos meses, o premiê do Reino Unido entrou de vez na berlinda após um escândalo sexual de um parlamentar próximo ao governo.
Um a um, ao menos 50 membros do governo já saíram de seus cargos. Por fim, em uma tensa reunião na noite de quarta-feira, 6, até mesmo uma delegação com seus principais aliados tentava convencer Johnson a renunciar de vez, mas o premiê se recusava a sair.
Oficialmente, a próxima eleição geral marcada no Reino Unido é somente em 2025, e Johnson deveria ficar no cargo até esta data.
Com a saída do atual premiê, a liderança continuaria com o Partido Conservador, por ter vencido as últimas eleições em 2019.
Agora, cabe ao Partido Conservador uma votação entre seus membros (incluindo cidadãos filiados) para escolher um novo líder, que, devido à maioria da legenda no Parlamento, seria então o novo premiê.
A tendência é que o partido passe meses em uma ferrenha disputa interna pela sucessão, o que deve desestabilizar novamente a política britânica em um momento delicado – com a inflação indo a 8% com a crise global e a guerra na Ucrânia afetando a Europa.
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