O Brasil encerrou neste sábado (18) uma campanha histórica em uma edição do Mundial de natação paralímpica. Isto porque na competição disputada no Complexo de Piscinas Olímpicas de Funchal, na Ilha da Madeira (Portugal), a delegação brasileira ficou na terceira posição geral com 53 medalhas (9 ouros, 10 pratas e 24 bronzes).
A primeira posição ficou com a Itália, com 64 conquistas no total (27 ouros, 24 pratas, 13 bronzes), e a segunda com os Estados Unidos, com 40 medalhas (24 ouros, nove pratas e sete bronzes).
“[Estamos] muito felizes com os resultados conquistados. Foi um trabalho árduo, um processo de renovação muito grande, e um misto com alguns atletas com boa experiência, numa troca muito boa que contribui para esta campanha, o que nos deixa bem confiantes para o que pode acontecer nos Jogos Paralímpicos de Paris 2024. Claro que tem muito caminho pela frente, mas ficamos confiantes. Temos de agradecer a todos os clubes, aos treinadores e à equipe multidisciplinar que deram todo o suporte para que pudéssemos realizar esta campanha histórica”, declarou o diretor de Alto Rendimento do Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB), Jonas Freire.
Sábado de conquistas
O Brasil chegou ao último dia de disputas buscando melhorar ainda mais uma campanha que já era histórica e, para que isto fosse possível, a conquista de medalhas de ouro era fundamental. E elas vieram. Primeiro com Mariana Gesteira, que venceu a prova dos 50 metros livre da classe S9 com o tempo de 28s18. Esta foi a terceira medalha da brasileira na competição, que comentou todo o seu esforço na competição: “Eu já estava muito cansada, mas trabalhei muito a resiliência, esta foi a nona vez que nadei aqui na Ilha da Madeira, e foi preciso ir bem profundo de mim para conseguir chegar a este resultado. Foi a segunda melhor marca pessoal de toda a minha vida nesta prova. Eu queria muito estar aqui, entrei nessa prova com a sensação de despedida, última caída neste ano neste Mundial, nesta piscina”.
A outra conquista teve como protagonista Gabriel Bandeira, nos 100 metros borboleta (classe S14) com o tempo de 55s02. Apesar de não alcançar sua melhor performance, o paulista deixou claro que estava feliz com a conquista: “Muito difícil essa prova, ainda mais no último dia, o tempo que fiz não foi o que eu queria, mas estou feliz pelo ouro”.
Além dos ouros, o Brasil garantiu no último dia de competições da Ilha da Madeira uma dobradinha brasileira nos 200 metros livre da classe S4, com Lídia Cruz em segundo lugar e Patrícia Santos em terceiro, e os bronzes nos 100 metros livre de Larissa Rodrigues na S3 e de Joaninha Neves na S5.
O próximo Mundial de natação paralímpica será disputado em julho de 2023, em Manchester (Inglaterra).
Fonte: Agência Brasil
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