Amândio Oliveira da Silva Júnior, de 44 anos, morreu asfixiado por um golpe de mata-leão em uma briga de trânsito na segunda-feira (28), na região de Quarteira, em Portugal. Amândio era natural de Presidente Epitácio, município localizado no interior Oeste do Estado de São Paulo, e vivia em Portugal há seis anos, onde morava com o amigo Ricardo Jorge Silva. O amigo explicou que Amândio, também conhecido como “Juninho”, quis ir até a praia no dia do crime e, ao retornar para a casa durante a noite, foi surpreendido pela violência de um motociclista que transitava em alta velocidade no local.
“Ele foi com o Rafael, que é um amigo nosso, mais a filha do Rafael. Tiveram lá a tarde toda e no final do dia, como moramos do lado da praia, vinham subindo e junto a passadeira [faixa de pedestre], o Rafael e a filha passaram primeiro e o Juninho ia passar em seguida. Quando o Juninho foi passar, um rapaz de moto vinha com muita velocidade e o Juninho chamou a atenção do rapaz. Ele parou a moto, desceu, deu logo um soco e um mata leão”, relatou Ricardo.
Em seguida, Amândio pediu ajuda ao amigo Rafael, que tentou socorrê-lo.
“O Rafael acudiu o Juninho, tirou o rapaz de cima dele e o Juninho já não conseguia respirar direito. Rafael deu um soco no rapaz, que apagou, e ele foi socorrer o Juninho. Ele não estava conseguindo respirar, entretanto, ligaram para mim, eu estava longe, mas vim, ainda ajudei a socorrer ele, que não conseguia respirar”, contou Ricardo.
Em entrevista ao UOL, a irmã de Amândio, a advogada Amanda Langui Miranda, de 37 anos, conta que a família ainda está se adaptando à notícia da morte de Juninho, como ele era chamado. A forma violenta com que ele morreu revoltou quem o conhecia.
“Estamos ainda muito atordoados. Ele era muito amado, muito querido. Não era de brigar, pelo contrário. Ele era daqueles que estava sempre pronto a ajudar quem precisasse dele. Sempre solícito, sempre a postos”, declarou Amanda.
O pai, Amandio, de quem Juninho recebeu o nome, ainda não sabe sobre a morte do filho. Ele passou recentemente por uma cirurgia de próstata e ainda se recupera e a família achou por bem poupá-lo da notícia. Ao menos por enquanto.
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