Escritora Liliane Costa conta detalhes de como viveu e superou problemas de automutilação e tentativas de suicídio com seu filho
Nestes tempos modernos de alta tecnologia invadindo nossas vidas, nossas casas e nossas famílias 24 horas por dia, nestes tempos de Pandemia pelo Novo Coronavírus, ´cada vez maior o número jovens e adolescentes com problemas de saúde mental no Brasil e no mundo. Nossas crianças, nossos jovens estão se matando, se mutilando, se destruindo, e em muitos casos os pais ficam perdidos sem achar uma saída.
Com base nessa realidade terrível a advogada, Liliane Costa está publicando o livro, que mais é uma experiência pessoal viva e recente na sua própria casa, ACONTECEU COM MEU FILHO, RELATO DE SUPERAÇÃO DA AUTOMUTILAÇÃO E DO SUICÍDIO. O Livro traz à tona a realidade do que acontece em centenas de milhares de famílias todos os dias, que é a automutilação e o tabu de que não pode se falar em casa de autoextermínio, pois isso estimularia ideias suicidas. O livro, que também saiu como e-book em inglês, está nas plataformas Amazon, Americanas, Saraiva, Submarino e Shoptime, além do site da Autografia.
Confira abaixo a apresentação da sua obra pelas palavras da própria Liliane Costa!
Na próxima semana dia 26/08/2021 acontecerá na CASAG – Centro de Excelência, Av. Fued José Sebba, 1515, Jardim Goiás, às 19:30 horas o lançamento do livro: ACONTECEU COM MEU FILHO RELATO DE SUPERAÇÃO DA AUTOMUTILAÇÃO E DO SUICÍDIO, de minha autoria.
Este trabalho é um singelo relato na ótica de uma mãe, que vivenciou a problemática da automutilação e de intentos suicidas com seu filho.
Tenho como intenção colaborar com o esclarecimento da população, em especial dos jovens, pais e responsáveis, escola e profissionais que tratam de saúde mental, abordando o tema, de forma franca, objetiva e realista.
Pretendo quebrar o tabu por muito tempo arraigado de que falar sobre autoextermínio pode estimular ideias suicidas em quem planeja se matar, principalmente entre jovens. Ao contrário, é possível enfrentar o problema com sucesso.
Seria fácil guardar o anonimato como inúmeras pessoas fazem quando são colhidas por algo tão drástico e difícil de lidar, mas preferi a contramão do comportamento comum expondo de maneira fidedigna minha experiência, com o aval do meu filho após sua exitosa recuperação.
Tornar minha história pública significa sair da zona de conforto da minha privacidade e expor a vulnerabilidade relativa às doenças mentais a que todos nós estamos sujeitos, ainda mais em tempos de pandemia.
Aprendi que devemos perceber os indícios visualizando o discurso, as mensagens, comportamentos de despedidas ou mesmo a impulsividade/irritabilidade do jovem. Afastar o preconceito e ouvir aquele que sofre cronicamente, ficarmos atentos às recaídas e ao uso de medicações que precisam ser prescritas em casos graves por médico especialista e que não devem ser retiradas abruptamente, até que a resiliência aflore e demonstre o controle e equilíbrio para continuar a vida com propósitos.
O tema, apesar de delicado, é atual devido ao aumento significativo do número de casos entre crianças e adolescentes e deve por isso ser debatido como forma de prevenção, não me esquecendo daqueles que foram impactados por tal acontecimento e que também precisam ver seu sofrimento minimizado através da posvenção.
Busco que seja aperfeiçoada a escuta, o acolhimento e os cuidados daqueles cujo sofrimento é intolerável, expondo não apenas uma história particular de superação e fé, mas um grave problema de saúde pública crescente em todo mundo.
Questiono o porquê do aumento deste comportamento em um público tão específico, abordo as diversas causas de depressão infanto-juvenil diante do que vivi, em especial o Bullying (para mim a mais letal), também chamado de assédio escolar ou intimidação sistemática conforme disciplinado na Lei 13.185/15.
Trago a Lei 13.663/18 que veio incluir a promoção de medidas de conscientização, de prevenção e de combate a todos os tipos de violência e a promoção da “CULTURA DE PAZ” entre as incumbências dos estabelecimentos de ensino.
Ademais, alerto sobre a existência de um Plano Nacional de Combate à Automutilação e ao Suicídio disciplinado (Lei 13.819/19) que deverá ser implementado pela União, em cooperação com os Estados, o Distrito Federal e os Municípios.
Ressalto que este Plano Nacional tem como objetivo a promoção da saúde, a sensibilização da sociedade sobre a relevância das lesões autoprovocadas e dos intentos suicidas como problemas de saúde pública passíveis de prevenção.
Almejo ver efetivado pelas autoridades o que foi determinado em lei federal através de práticas de acompanhamento populacional.
LILIANE GONÇALVES DA COSTA PINA.
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