O governo venezuelano aceitou um voo com 150 cidadãos desse país que têm condição de serem expulsos do Chile. Este voo será realizado no próximo mês de maio, em uma data a confirmar, pois ambos os governos precisam coordenar a realização do voo, como informa o portal parceiro Aviacionline.
Manuel Monsalve, subsecretário do interior, comentou ao portal da Radio ADN que “quero informar que ontem (quarta-feira), recebemos, via diplomática, uma resposta do Ministério das Relações Exteriores do governo da Venezuela, aceitando um voo para o processo de expulsões durante a primeira semana de maio. Nosso objetivo é conseguir expulsões efetivas; ter registros criminais das pessoas estrangeiras que estão no Chile; e identificar e deter pessoas estrangeiras que cometem crimes no Chile”.
O subsecretário continuou dizendo que “a data tentativa será discutida no âmbito do Consenso de Brasília. Espero ter diálogos que permitam garantir planos de voo. Não apenas solicitar autorizações sempre que for necessário um voo, mas ter planos de voo que possam ter um itinerário conhecido, acordado, consensual”.
Voos charter ou uso de aeronave multipropósito?
Anteriormente, o Chile realizava as expulsões utilizando parte da frota de transporte da Força Aérea do Chile – FACH. Para isso, em mais de uma ocasião, foi utilizado o Boeing 767-300ER que a FACH tem para uso presidencial e transporte de tropas ou estudantes de áreas remotas, assim como o Boeing 737-300 e os C-130 Hércules.
No entanto, devido aos diversos problemas diplomáticos, as expulsões foram suspensas, já que a Venezuela não aceitava a entrada de aviões chilenos não comerciais em seu espaço aéreo. Assim, o Chile recorreu ao aluguel de voos charter à empresa Estelar. Um exemplo disso é este documento do portal Mercado Público, onde são feitas as licitações públicas, em que a companhia aérea venezuelana ganha a licitação do voo de expulsões.
Por isso, surge a dúvida de como serão concretizadas as expulsões, já que, sendo 150 pessoas, isso ultrapassa a capacidade de assentos de um Boeing 737 como os usados pela Estelar, e o 767 da FACH poderia acomodar esses assentos. Também é importante lembrar que cada expulso é acompanhado por um agente da Polícia de Investigação do Chile (PDI), então não são apenas 150 pessoas.
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