Uma equipe de pesquisadores da Universidade de Nantong, na China, está estudando um método contraceptivo masculino não muito ortodoxo. A abordagem consiste em injetar nanomateriais magnéticos e pequenos ímãs externos, que têm a função de guiar partículas dentro dos testículos, em seguida, esse material é aquecido, parando temporariamente a produção de esperma.
Por mais que pareça um tratamento bastante repulsivo e doloroso, essa abordagem de contracepção masculina é bem menos desagradável e invasiva do que outras tentativas semelhantes. Outros experimentos usaram temperaturas mais altas, visando alcançar resultados mais duradouros, porém, os testes em animais provocaram queimaduras ou injeções mais dolorosas nos testículos.
Aqueceu um pouco
Neste novo experimento, esses efeitos colaterais foram evitados, e os pesquisadores conseguiram obter sucesso após aquecer pequenos ímãs que eles guiaram para os testículos dos ratos a apenas 40°C. Essa é uma quantidade consideravelmente alta de calor, já que é maior do que a temperatura normal do corpo, que é de 37°C, mas, aparentemente, é seguro e não causa queimaduras.
Segundo o Instituto Nacional de Padrões e Tecnologias dos Estados Unidos, a pele começa a sentir queimaduras de primeiro grau a uma temperatura de 47°C, portanto, nesse aspecto, a nova abordagem realmente se mostra segura. Uma das vantagens da nova abordagem é o fato de ela ser temporária, nos testes, a saúde reprodutiva dos camundongos voltou ao normal meses depois.
Efeito de curto prazo
Inicialmente, os testículos dos ratos encolheram um pouco em uma resposta natural ao calor, sete dias depois, os camundongos apresentavam uma ejaculação totalmente estéril. Porém, 60 dias depois, os animais tratados voltaram a gerar ninhadas com até 12 filhotes por fêmea, que é a média de um camundongo que nunca passou por nenhum tratamento do tipo.
Esses resultados sugerem que essa abordagem não é a mais recomendada para quem deseja passar por um planejamento familiar, caso ela chegue a ser disponibilizada para humanos. Como o tratamento foi desenvolvido para ser temporário e ter efeitos de mais ou menos dois meses, para isso, usa nanomateriais biodegradáveis que desaparecem com o tempo.
Com informações da Phys
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