Quinhentos passageiros da Emirates passaram a noite no chão do maior aeroporto internacional do Japão, o de Tóquio – Narita. Eles deveriam voar para Dubai em um Airbus A380 da companhia aérea Emirates no dia 23 de dezembro, às 22h30, mas devido a um problema técnico, o voo atrasou.
Resolvida a situação, às 23h45 o voo EK-319 partiu para a pista, mas na metade do percurso voltou ao terminal. Dessa vez porque os pilotos não tiveram tempo de decolar antes da meia-noite, quando o aeroporto fecha oficialmente, relatou o site de viagens One Mile at a Time.
Já de volta à posição de estacionamento, no portão 66, a tripulação forneceu alimentos aos passageiros e os deixou desembarcar após algum tempo. No entanto, em vez de serem enviados a um hotel (que àquela altura deveriam estar todos cheios), eles receberam sacos de dormir para um “sono mais confortável” no chão do aeroporto.
“Os passageiros foram obrigados a esperar na cabine do avião por 4 horas sem explicação. Depois disso, receberam apenas sacos de dormir e foram instruídos a aguardar novas instruções. Da condição de “refém” à condição de “refugiada”, disse Anastasia, uma passageira do voo, no Twitter.
A situação é incomum porque a Emirates está posicionada como uma companhia aérea clássica. Essas transportadoras aéreas geralmente anunciam serviços de alta qualidade e acomodam passageiros em hotéis em caso de longos atrasos. No entanto, por ser véspera de Natal, é plausível pensar que os hotéis já estivessem totalmente cheios na região.
Depois disso, a Emirates adiou a partida do voo para as 15h do dia 24 de dezembro e não restou alternativa aos viajantes senão ficarem pelo aeroporto, como mostram dezenas de fotos compartilhadas nas redes sociais.
Toque de recolher no aeroporto – O Aeroporto de Narita tem restrições rígidas às operações noturnas. Não pode receber e enviar voos das 00:00 às 06:00. Essas restrições existem para não incomodar as pessoas que moram nas proximidades.
A própria história da construção de Narita tem um rastro de polêmicas. Os moradores foram contra o surgimento de um resort no bairro, e o governo teve que desapropriar os terrenos à força. Alguns agricultores conseguiram fazer valer o seu direito à terra, o que bloqueou o desenvolvimento do local.
Atualmente, uma das duas pistas do aeroporto da capital japonesa tem extensão menor do que o projeto previsto – apenas 2,5 km. Uma fazenda está localizada no local onde uma seção adicional da pista deveria passar.
Relacionadas
Secretaria alerta para golpe do IPVA inscrito na dívida ativa
Ladrão é preso de toalha após ser encontrado tomando banho durante invasão de casa em Goiás
Avião de 40 toneladas com chifres de rena foi puxado na força do braço por grupos de pessoas no aeroporto