Covid-19: Fecomércio sugere paralisação do transporte coletivo em Goiânia

O prefeito Rogério Cruz (Republicanos) se reuniu com Marcelo Baiocchi, presidente da Fecomércio. A pauta da reunião foi a publicação de um novo decreto para a reabertura dos comércios na capital a partir da próxima semana.

A proposta sugerida por Marcelo Baiocchi foi a paralisação integral do transporte coletivo da capital. Em entrevista ao Jornal Opção, o presidente da Fecomércio explicou o porquê da proposta de reabrir o comércio e fechar o transporte coletivo. “Estamos concordando em atacar os pontos de contaminação, onde gera aglomeração, que é o transporte coletivo e as festas clandestinas. Nós estamos sugerindo parar o transporte coletivo e reabrir todas as atividades”, pontuou.

Na proposta apresentada por Baiocchi, a paralisação do transporte coletivo não afetaria os empresários. Segundo o presidente da Fecomércio, é hora de procurar outras soluções, como o pagamento por parte do empresário de carros de aplicativo para transportar os seus funcionários e que os funcionários que possuem meios próprios de ir ao trabalho possa transportar os colegas de trabalho, com o empresário contribuindo com a gasolina. Segundo Marcelo Baiocchi, o prejuízo com essas medidas será menor do que manter a empresa fechada. “O empresário pode trazer três funcionários de uma vez só no aplicativo. Ele pode programar o aplicativo para o que mora mais distante e vem buscando os outros. Com inteligência e planejamento nenhuma empresa vai parar”, justificou.

Segundo Marcelo Baiocchi, o prefeito de Goiânia demonstrou ser simpático à ideia proposta apresentada pela Fecomércio. Para ele, é hora de todo mundo contribuir, por parte da prefeitura, oferecendo mais leitos, enquanto os empresários contribuem com o transporte dos funcionários.

O presidente da Fecomércio destacou que apesar do transporte coletivo ser considerado um dos vilões desta pandemia, os empresários do ramo não têm culpa. Segundo Marcelo Baiocchi, não há a possibilidade de transportar pessoas sem que haja aglomerações. “O transporte coletivo é transporte de massa, não tem jeito de transportar massa sem aglomerar”, destacou.

Em conversas anteriores com os empresários do transporte coletivo, Marcelo Baiocchi ressaltou que para eles é melhor que os ônibus fiquem parados do que rodar transportando uma pequena quantidade de pessoas. “Entre andar vazio ou com poucos passageiros, é melhor parar, assim não há prejuízo como tem hoje”. Segundo Baiocchi, há soluções que podem ser tomadas pelos empresários do transporte coletivo para compensar a falta de ônibus rodando nas ruas. “Você pode dar férias coletivas aos funcionários, pode fazer banco de horas e compensar, mas rodar com a expectativa de transportar x e estar transportando 10% disso é um prejuízo muito grande”, finalizou.

Fonte: Jornal Opção