Mais de 168 milhões de crianças em todo o mundo foram afetadas pelas restrições de covid que fecharam as escolas por quase um ano inteiro, de acordo com novos dados divulgados pelo UNICEF. Além disso, cerca de 214 milhões de crianças em todo o mundo — 1 em cada 7 — perderam mais de três quartos de sua aprendizagem pessoal. O relatório mostra ainda que 14 países em todo o mundo permaneceram praticamente fechados desde março de 2020. Dois terços deles estão na América Latina e no Caribe, afetando quase 98 milhões de crianças em idade escolar. Dos 14 países, o Panamá manteve as escolas fechadas a maior parte dos dias, seguido por El Salvador, Bangladesh e Bolívia.
“À medida que nos aproximamos da marca de um ano da pandemia de covid-19, somos novamente lembrados da catastrófica emergência educacional criada pelos bloqueios mundiais. A cada dia que passa, as crianças que não têm acesso à escola presencial ficam cada vez mais para trás, com os mais marginalizados pagando o preço mais alto”, disse Henrietta Fore, Diretora Executiva do Unicef. “Não podemos nos dar ao luxo de passar para o segundo ano de aprendizado limitado ou mesmo nenhum para essas crianças. Nenhum esforço deve ser poupado para manter as escolas abertas ou priorizá-las nos planos de reabertura”, completou.
Segundo o Unicef, o fechamento de escolas tem consequências devastadoras para o aprendizado e o bem-estar das crianças. As crianças mais vulneráveis e as que não têm acesso ao ensino à distância correm um risco maior de nunca mais voltar à sala de aula e até de serem forçadas ao casamento infantil ou ao trabalho infantil. De acordo com os dados mais recentes da UNESCO, mais de 888 milhões de crianças em todo o mundo continuam enfrentando interrupções em sua educação devido ao fechamento total ou parcial das escolas.
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