A Polícia Civil, por meio da Delegacia de Polícia (DP) de Rubiataba, deflagrou, na manhã de hoje (16), a Operação Falsa Modéstia para cumprir 14 mandados de busca e apreensão em Rubiataba e Ceres, interior goiano. Os mandados foram cumpridos em 7 empresas e 7 residências. A ação teve como alvo empresários, profissionais liberais e funcionários públicos suspeitos de “furarem a fila” de vacinação contra a Covid-19 mediante a apresentação de declarações falsas perante a Secretaria de Saúde do Município de Rubiataba.
A investigação apontou que alguns desses indivíduos afirmaram, por exemplo, exercerem as funções de recepcionista e auxiliar de serviços gerais em clínicas, farmácias e consultórios odontológicos, sendo então vacinados por supostamente atuarem na área da saúde, quando na verdade exerciam funções diversas, ou sequer trabalhavam no local informado. “Restou apurado que essas pessoas têm funções diversas da relacionada à área da saúde. Foram vacinadas com informações falsas que não condiziam com a realidade”, esclarece o delegado Gustavo Mendes, responsável pela investigação.
As investigações apontaram, inclusive, que uma das investigadas, que possui inscrição regular como Engenheira Civil, se declarou recepcionista de clínica odontológica, obtendo a primeira dose da vacina. Contudo, uma ART (Anotação de Responsabilidade Técnica) foi registrada em sua inscrição quatro dias antes da declaração, pressupondo que a investigada exercia, de fato, a função de engenheira civil quando se declarou recepcionista de clínica odontológica.
A operação resultou na apreensão de duas espingardas, uma pistola cal. 635, munições de diversos calibres, o que ensejou a lavratura de um auto de prisão em flagrante delito por posse irregular de arma de fogo contra duas pessoas. Elas pagaram fiança e foram liberadas. Além disso, foram apreendidos diversos documentos e objetos, que serão agora analisados a fim de se descobrir eventual envolvimento de outras pessoas. Os investigados são suspeitos de praticarem os crimes de falsidade ideológica e infração de medida sanitária preventiva, delitos cujas penas somadas podem ultrapassar quatro anos de prisão, além de multa. As informações são da Polícia Civil.
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