DW – Pessoas esperam pacientemente na fila num centro de vacinação num prédio em Jerusalém Ocidental. “Estou aqui para receber minha terceira dose. Ela é muito importante para que Israel possa reabrir”, diz Leah Powell, uma estudante dos EUA. “Ainda existe a obrigatoriedade do uso de máscara em alguns lugares, mas parece que a vida real está voltando.”
A situação parecia menos otimista alguns meses atrás, quando a variante delta do coronavírus estava se espalhando rapidamente. As infecções começaram a aumentar no início de julho e, em meados de setembro, o número de casos foi o mais alto de todos os tempos. Os hospitais receberam muito mais pacientes gravemente doentes – primeiro entre os vacinados e, posteriormente, entre a população mais jovem não vacinada.
“A principal arma que temos em Israel e em muitos outros países é a vacina”, diz o chefe da força-tarefa contra o coronavírus em Israel, Salman Zarka. “Com o início da onda da variante delta, percebemos que as pessoas que tomaram as duas doses não estavam mais protegidas. Portanto, tivemos que tomar uma decisão rápida.”
A decisão foi baseada em estudos científicos que sugerem que a imunidade diminui após seis meses, colocando especialmente os idosos em risco novamente. Eles estavam entre os primeiros a serem vacinados em dezembro de 2020 – quando Israel iniciou sua campanha de vacinação após fechar um acordo com a Pfizer-Biontech – e foram o primeiro grupo a receber aprovação para a dose de reforço, em julho passado.
Logo no início da pandemia, Israel fechou um acordo para disponibilizar as doses rapidamente à população e, juntamente com uma rápida ação por meio de seu sistema de saúde e a introdução do chamado “passe verde” em março, permitindo liberdades para vacinados, as taxas de infecção caíram drasticamente. Em junho – quando muitos países da Europa estavam apenas começando a intensificar suas campanhas de vacinação –, Israel levantou a maioria das restrições, incluindo a obrigatoriedade do uso de máscaras em locais fechados, e a vida parecia ter retomado a normalidade.
No entanto, já em meados de junho, a variante delta começou a se espalhar, apesar da alta taxa de vacinação do país. Em agosto, o governo começou a oferecer uma terceira dose da Pfizer-Biontech e está desde então com uma campanha para vacinar todas as pessoas com mais de 12 anos.
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