A imunização em massa com a vacina da Pfizer, desenvolvida em parceria com a BioNTech, é capaz de reduzir em 94% os casos sintomáticos de Covid-19, de acordo com um estudo realizado em Israel, com 1,2 milhão de pessoas. Os resultados, publicados ontem (24), na revista científica New England Journal of Medicine mostrou também que a vacina diminui em 92% os casos graves da doença.
Israel já aplicou 7,6 milhões de doses da vacina contra Covid-19, segundo dados compilados pela Bloomberg. Em números absolutos, o Brasil tem dado semelhante: até às 18h de ontem, administrou 7,7 milhões de doses. Entretanto, quando o assunto é taxa de vacinação, Israel é o líder do ranking mundial de países com maior taxa de vacinação com 84,78 doses a cada 100 habitantes. Já o Brasil está na 46ª posição.
O alto índice de vacinação faz de Israel um ótimo lugar para avaliar o comportamento da vacina, na prática. Além disso, todos os cidadãos estão inscritos em um dos quatro planos gratuitos, financiados pelo governo e por doações, o que facilita o acesso a dados confiáveis. Neste estudo, pesquisadores compararam dados de 596.618 pessoas da maior organização de saúde do país, que foram vacinadas em 20 de dezembro de 2020 e 1º de fevereiro de 2021, com a mesma quantidade de pessoas, de perfil semelhante, que não haviam sido imunizadas.
Os resultados mostraram que durante um acompanhamento médio de 15 dias, 10.561 casos de Covid-19 foram diagnosticados. Destes 5.996 (57%) eram sintomáticos, 369 precisaram de hospitalização, 229 foram considerados casos graves e 41 resultaram em óbito. Entre as pessoas que foram acompanhadas por mais de 21 dias, 96% receberam a segunda dose da vacina.
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