Em nota, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Nunes Marques disse na segunda-feira (2) que a discussão sobre o voto impresso é uma “preocupação legítima do povo brasileiro“. O posicionamento diverge dos demais ministros da Corte, que assinaram uma carta conjunta publicada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) com críticas à proposta.
Em seu posicionamento, Nunes Marques afirmou que considera legítimo o posicionamento externado pelos colegas e afirma que não foi consultado previamente “a fim de que pudesse concordar, ou não, com o teor da nota publicada pelo TSE“. Isso se deve ao fato de Nunes Marques ainda não ter integrado a Corte Eleitoral.
“Feita tal ponderação, o Ministro Nunes Marques reconhece que o debate acerca do voto impresso auditável se insere no contexto nacional como uma preocupação legítima do povo brasileiro e que Sua Excelência, na condição de Juiz, respeitará a expressão da vontade popular a ser externada pelo Congresso Nacional, foro adequado para tais debates, seja mantendo ou alterando a sistemática de votação e apuração de votos, nos termos da Constituição“, escreveu.
Nunes Marques foi indicado ao cargo no ano passado pelo presidente Jair Bolsonaro, principal defensor do voto impresso.
Mais cedo, o TSE havia publicado uma carta conjunta assinada pelo presidente da Corte Eleitoral, ministro Roberto Barroso, pelos ex-presidentes, vice-presidente e futuros presidentes do TSE em defesa das urnas eletrônicas e do sistema eleitoral brasileiro. O texto soma 18 assinaturas – 9 delas são de atuais integrantes do Supremo.
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