Estudos mostram que, em média, 12% dos pacientes do mundo sofrem danos em diferentes contextos do atendimento médico.
Em 2024, a Organização Mundial da Saúde (OMS) definiu o tema “Melhorar o diagnóstico para a segurança do paciente” para o Dia Mundial da Segurança do Paciente, acompanhado do lema “Diagnósticos corretos, pacientes seguros”. O objetivo da entidade é destacar a importância de diagnósticos precisos e realizados em tempo oportuno, como forma de assegurar a segurança dos pacientes e promover melhores resultados clínicos.
A OMS destaca a gravidade dos erros de diagnóstico, que são responsáveis por quase 16% dos danos evitáveis nos sistemas de saúde.
Estima-se que anualmente ocorram 134 milhões de eventos adversos em hospitais de países de baixa e média renda, contribuindo para cerca de 2,6 milhões de mortes. Globalmente, 1 em cada 20 pacientes sofre danos evitáveis causados por medicamentos, evidenciando um desafio significativo em todos os sistemas de saúde. Mais da metade, ou seja, 53% desses danos ocorrem durante a fase de prescrição, o que destaca a necessidade urgente de aprimorar as práticas de segurança relacionadas aos medicamentos.
Nas Américas, a segurança do paciente foi reconhecida como uma prioridade nas políticas nacionais de saúde em 57% dos países. Mais da metade desses países estabeleceu padrões mínimos de segurança para suas instalações de saúde, e há uma base sólida em programas de controle de infecção e segurança dos medicamentos.
Realidade no Brasil
No Brasil, o Anuário de Segurança Assistencial Hospitalar, publicado pelo Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS), revela que cinco pessoas morrem a cada minuto no país devido a erros médicos, totalizando quase 55 mil pacientes por ano.
Desde 2013, o Ministério da Saúde estabeleceu o Programa Nacional de Segurança do Paciente, que inclui protocolos básicos essenciais para garantir a segurança dos cuidados, como: identificação correta do paciente, cirurgia segura, prevenção de úlceras por pressão, higiene das mãos em serviços de saúde, prevenção de quedas e segurança na prescrição, uso e administração de medicamentos.
No entanto, muitos estabelecimentos ainda falham em implementar esses protocolos de forma eficaz. Problemas como a falta de medição de indicadores, a ausência de acompanhamento da adesão dos profissionais aos protocolos, a inadequação da infraestrutura para fornecer cuidados seguros e a insuficiência de profissionais continuam a ser desafios significativos.
Relacionadas
Empresário leva família para fazer teste em lancha e embarcação explode em SP
Queimaduras recebem nova classificação
Idoso desaparecido após entrar em mata andava com até R$ 20 mil