AFP – Os Estados Unidos declararam nesta segunda-feira que estão dispostos a revisar as principais sanções impostas ao Irã se o mesmo cumprir o acordo envolvendo seu programa nuclear, antes de conversas indiretas lideradas pela União Europeia para salvar o documento, assinado por Teerã e por grandes potências em 2015.
O Departamento de Estado americano confirmou que Rob Malley, responsável pelo Irã nomeado pelo governo Joe Biden, viajará a Viena para liderar a delegação americana, mas que não esperava se reunir com seu equivalente iraniano.
As reuniões, que começam nesta terça-feira, têm como objetivo romper o bloqueio atual entre Washington e Teerã. Biden é partidário do retorno ao acordo de 2015, mas insiste em que o Irã volte a acatar as medidas então acertadas, que começou a descumprir após as sanções impostas pelo ex-presidente americano Donald Trump quando retirou o país do pacto.
“Não se pode negar que estamos abordando isso com urgência”, apontou o porta-voz do Departamento de Estado, Ned Price, reiterando que os Estados Unidos estão dispostos a estudar o levantamento das sanções, mas apenas as relacionadas à questão nuclear. “A formulação original é a que se mantém: o levantamento limitado das sanções nucleares em troca de limites permanentes e verificáveis ao programa nuclear do Irã”, assinalou, referindo-se ao texto do acordo.
Sucessivos governos americanos impuseram outras sanções ao Irã, que também irritaram os líderes daquele país, mas Washington não as colocou sobre a mesa nas conversas nucleares. Segundo o Irã, a reunião dos chamados 4+1 países pretende “discutir o caminho do levantamento das sanções. A agenda da comissão conjunta produzir resultado irá depender de que os europeus e os 4+1 lembrem os Estados Unidos de suas obrigações, e de que os americanos ajam de acordo com seus compromissos”, assinalou em Teerã o porta-voz da chancelaria iraniana, Saeed Khatibzadeh.
Relacionadas
Milei vai suspender aposentadoria vitalícia de Cristina Kirchner
Astronauta da NASA mostra foto da Terra como nunca se viu
STF mantém condenação de Collor em caso que pode levá-lo à prisão