Robson Cândido, ex-diretor da Polícia Civil do Distrito Federal, foi preso preventivamente, na manhã deste sábado (4/11), em sua casa no Park Way. Ele é acusado de usar a estrutura da corporação para perseguir uma mulher, que alega ter sido sua amante.
O ex-diretor-geral da Polícia Civil, Robson Cândido, foi preso preventivamente na manhã deste sábado (4), durante a Operação Vigia, no Distrito Federal. A suspeita é que Robson tenha usado da estrutura da polícia civil para perseguir uma mulher com quem havia se relacionado, prática que configura o crime de stalking e violência psicológica.
Segundo o Ministério Público, os investigados teriam usado viaturas descaracterizadas, celulares corporativos e carros oficiais, para fins ilícitos e particulares. O número de telefone da vítima teria sido inserido, ilegalmente, em uma interceptação telefônica que apurava o crime de tráfico de entorpecentes.
Além da prisão do ex-diretor, os promotores e policiais civis cumprem dois mandados de busca e apreensão. O primeiro, na 19ª Delegacia da Polícia Civil de Ceilândia e o outro na casa do delegado-chefe da delegacia, Thiago Peralva Barbirato, em Águas Claras. Ele estaria sendo investigado por ter sido o responsável por inserir o telefone da vítima na interceptação telefônica.
Os investigados podem responder por crimes como interceptação telefônica ilegal, corrupção passiva, violação de sigilo funcional, invasão de dispositivo de informática e descumprimento de medida protetiva de urgência.
Entenda o caso
Robson Cândido deixou o cargo de diretor em 2 de outubro, após ser denunciado pela esposa e a outra mulher. Em seguida, ele se aposentou – a aposentadoria do ex-diretor foi publicada no dia 17 de outubro.
A esposa e a outra mulher procuraram a Delegacia Especial de Atendimento à Mulher, na Asa Sul, e acusaram o delegado de perseguição e ameaças.
Segundo a mulher, Robson não teria aceitado o término do suposto relacionamento e passou a persegui-la em diversos lugares. Ainda de acordo com o relato dela, o ex-diretor da PCDF “sempre demonstrava saber onde ela estava e o que fazia”.
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