EFE – A França devolveu hoje (24) 998 fósseis do período cretáceo para o Brasil. Os itens foram apreendidos em Le Havre, em 2013, ao serem descobertos por agentes aduaneiros no porto da cidade, após terem saído ilegalmente das terras brasileiras.
O material é proveniente do Geoparque Araripe, localizado no Ceará, e foi entregue em uma cerimônia que contou com a presença do ministro da Cidadania, Ronaldo Vieira Bento, do embaixador brasileiro na França, Luis Fernando Serra, e do sub-procurador-geral da República, Hindemburgo Chateaubriand Filho.
Em um comunicado, a Direção Geral de Aduanas da França informou que o conjunto está composto por 348 nódulos de animais fossilizados, como peixes, restos de dinossauros, tartarugas, crocodilos ou pterossauros, além de 650 plaquetas de fósseis de crustáceos, insetos e vegetais. Tudo estava em um contêiner vindo do Brasil que chegou ao porto de Le Havre.
Especialistas avaliaram o material e indicaram que se tratavam de fósseis autênticos da era cretácea, ocorrida de 145 milhões a 65 milhões de anos atrás.
Depois de vários anos de processo na justiça francesa, foi decretada, em 2021, a devolução dos fósseis ao Brasil, onde serão incorporados ao Museu de Paleontologia Plácido Cidade Nuvens, da Universidade Regional do Cariri.
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