O governo federal pediu para a CBF (Confederação Brasileira de Futebol) suspender o calendário do Campeonato Brasileiro por causa das fortes chuvas que atingem o Rio Grande do Sul.
Em ofício enviado nesta sexta-feira (10) a Ednaldo Rodrigues, presidente da confederação, o ministro do Esporte, André Fufuca (PP-MA), afirmou que “todo o país está envolvido no apoio aos jogadores e familiares, bem como a toda a população daquela região”.
O documento não sugere um prazo para a suspensão. A CBF já adiou as partidas de maio das equipes gaúchas.
Os presidentes do Internacional, Grêmio e Juventude também defendem a paralisação do Campeonato Brasileiro, mas encontram resistência de outras agremiações.
Em nota divulgada na quinta-feira (9), Fufuca afirmou que é hora de concentrar esforços no apoio às vítimas, “na reconstrução das áreas afetadas e na mitigação dos impactos causados pela tragédia. A dimensão humana precisa vir antes da esportiva”. “A preocupação maior é com a integridade física e psicológica dos atletas, torcedores e demais envolvidos”, disse o ministro.
A CBF ainda não se manifestou sobre o pedido do governo Lula (PT).
Equipes de diversos estados já ofereceram as estruturas de seus centros de treinamento e estádio para os clubes gaúchos. Os dirigentes das equipes do RS, porém, recusam a proposta de atuar fora do estado.
Os estádios Beira-Rio e Arena do Grêmio tiveram os gramados encharcados pela água das chuvas. O centro de treinamento do Internacional também está debaixo d’água.
Jogadores de futebol ainda se tornaram voluntários nos trabalhos de resgate e acolhimento das pessoas atingidas pelas chuvas.
O goleiro titular do Internacional Sergio Rochet foi ao Centro Social Padre Leonardi, área pobre de Porto Alegre, para doar 40 cestas básicas e 40 kits de material de limpeza. Ele também ofereceu ajuda aos voluntários com a preparação de refeições.
O centroavante do Grêmio Diego Costa, que tem passagem por alguns dos principais clubes da Europa, por exemplo, cedeu quatro motos aquáticas em Eldorado do Sul, cidade que tem 40 mil habitantes e onde 30 mil ficaram desalojados.
“Diante da catástrofe que se segue, a solicitação se faz necessária muito além dos estádios de futebol, campos de treinamento, concentração e local físico onde todos envolvidos no esporte circulam, mas por todas as pessoas, familiares e seus entes que se doam neste momento na sobrevivência e reconstrução de casas e tudo mais afetado”, afirma o ofício de Fufuca direcionado à CBF.
Fonte: Diário da Manhã
Relacionadas
Ônibus capota em ribanceira e deixa mortos e feridos em Alagoas
Brasil tem 10 mil procurados pela Justiça há mais de 10 anos
Fenômeno de ‘raios vermelhos’ é registrado em Goiânia