O Governo de Goiás cria estratégia de reforço dos índices de coberturas vacinais no estado, fundamentais para frear, por exemplo, o recrudescimento dos casos de Covid-19 que deixou 10 municípios em situação de alerta.
Profissionais de saúde de todas as regiões passam por capacitação com objetivo de formar multiplicadores para Implantação das Atividades de Vacinação de Alta Qualidade. A ação integra planejamento do Ministério da Saúde (MS).
Uma das estratégias trabalhadas na capacitação é a campanha de multivacinação voltada para crianças e adolescentes menores de 15 anos. Neste ano, ela ocorre de forma regionalizada conforme o Calendário Nacional de Vacinação do MS. Em Goiás, a multivacinação está programada para o período entre 30 de setembro e 14 de outubro, e vai oferecer 17 imunizantes. O Dia D de mobilização será em 07 de outubro.
Nos últimos anos, a cobertura vacinal apresentou queda considerável, com números abaixo do preconizado pelo MS, de 95%. Um exemplo é a pentavalente (difteria, tétano, coqueluche, hepatite B e Haemophilus influenzae tipo b), que em 2023 tem cobertura de 76,12%.
Estratégias
“Eu vejo o microplanejamento como forma da gente otimizar a nossa força de trabalho, utilizando os dados que nós temos para atuar de uma forma mais assertiva. E com isso, a gente conseguir, realmente, ampliar as nossas coberturas vacinais, tendo em vista que a campanha de multivacinação vai ser curta”, afirma a superintendente de Vigilância em Saúde da Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES), Flúvia Amorim.
“Temos que trabalhar com inteligência, entendendo o que aquele território precisa e quais são as ações que naquele município vão fazer a diferença”, acrescenta.
Outra estratégia adotada pelo Governo de Goiás e que deve ser ampliada a partir de setembro, é o Sistema de Busca de Susceptíveis/Não Vacinados, envolvendo crianças com maior risco de adquirir doenças preveníveis por vacinas.
Desenvolvido pela SES, o sistema foi testado no primeiro semestre em 11 municípios goianos, onde a população de até um ano de idade não ultrapassava 50 crianças. Com essa ferramenta, é possível ter acesso a meninos e meninas com atraso vacinal, bem como a todos os dados disponíveis para que a busca ativa seja realizada com sucesso.
“Entender a forma de abordar os pais e chegar até esse usuário do SUS que precisa ser vacinado é o grande desafio para reverter as baixas coberturas no Brasil como um todo. As vacinas sempre salvaram vidas e precisamos lembrar as pessoas disso”, ressalta Flúvia, ao reforçar a necessidade de um esforço conjunto.
“Juntos, vamos retomar as coberturas com todas as ferramentas que tivermos, como a busca ativa, a van da vacinação, Dia D, os horários alternativos nas salas e o sistema de busca. Com a parceria dos municípios, vamos superar mais esse desafio”, garante.
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