A Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA) de Anápolis cumpriu, hoje (7), mandado de prisão preventiva em desfavor de um homem, de 62 anos, investigado pelo crime de estupro de vulnerável, cometido contra duas crianças, de 6 e 7 anos, nos anos de 2023 e 2020.
No dia 12/11/2023, a Polícia Civil recebeu denúncia, através da mãe, afirmando que sua filha, de 6 anos, relatou ter sido abusada sexualmente pelo vizinho. No decorrer das investigações, a notícia se espalhou pelo bairro onde os envolvidos residem, e populares chegaram a agredir o homem e depredar sua casa. Ele foi conduzido à central de flagrantes, e como os fatos haviam ocorrido dias antes, não havia situação flgrancial, razão pela qual o homem foi liberado, e passou a alegar inocência, dando, inclusive, entrevistas à portais de notícias. Nas redes sociais chegaram a organizar uma Vakinha para tentar ajudá-lo a reconstruir a sua casa.
Após esse fato, a mãe da criança afirmou ter sido ameaçada e coagida a gravar um vídeo, publicado nas redes sociais, dizendo ter acusado injustamente o indivíduo, e que lhe daria sua própria casa, em compensação pelos danos causados por populares.
Durante as investigações, descobriu-se que o homem já era investigado pelo estupro das outras duas filhas da mulher, uma de 7 e outra de 13 anos, nos anos de 2018 e 2020. Em um dos casos, ele já foi, inclusive, denunciado pelo Ministério Público.
Em todos os casos, o homem agiu da mesma forma, segundo os relatos das vítimas: aproveitando-se da ausência da mãe, que trabalha fora, durante todo o dia, deixando os filhos mais novos sob os cuidados dos mais velhos, o homem oferecia balas, chocolates e dinheiro, para conseguir atrair as crianças para dentro de sua casa, onde praticava atos libidinosos e lhes mostrava vídeos pornográficos.
Além disso, Laudo pericial confirmou a prática de abuso sexual contra a menina de 6 anos.
O homem foi recolhido à Unidade Prisional de Anápolis, onde está à disposição do Poder Judiciario. Ele irá responder, a princípio, por dois crimes de estupro de vulnerável, cuja pena pode chegar a 15 anos de reclusão, para cada um.
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