Idoso de BH cai em golpe e perde mais de R$ 1 milhão; veja golpes mais comuns

Os idosos estão entre as principais vítimas de golpes bancários, com as falsas centrais telefônicas. Pouco mais de R$1,4 milhão sumiram de contas de dois bancos diferentes de um idoso, de 71 anos, depois que ele atendeu a uma ligação. “A pessoa se passou como da Central de Risco do banco e foi me induzindo a falar. Disse que havia sido colocado um outro aparelho da minha conta e que eu não tinha acesso a todas as transações que que estavam sendo feitas”, diz o idoso.

Na mesma ligação, a golpista afirmou que também era representante do outro banco do idoso. ”Essa falsária me induziu falando que também o outro banco havia sido hackeado”, acrescenta. A família do idoso está em contato com os dois bancos. As instituições financeiras reforçaram que nunca solicitam dados ou senhas de clientes por mensagem ou ligação telefônica.

Golpe contra idosos: os 10 tipos mais comuns

Os golpes exploram a vulnerabilidade dos idosos e costumam aplicar a engenharia social: uma técnica de manipulação para conseguir a confiança das pessoas e ter acesso a informações privadas. Os golpes na internet também exploram a falta de familiaridade com certas tecnologias.

A Federação Brasileira de Bancos (Febraban) divulgou uma lista das 10 ações criminosas mais frequentes contra pessoas idosas. Confira a seguir quais são estes principais golpes e como identificá-los.

  1. Falsa central telefônica

    Um criminoso faz contato por telefone identificando-se como um funcionário do banco, alegando irregularidades na conta. Ele pode solicitar dados da vítima e pedir uma transferência para regularizar problemas na conta ou no cartão.

    ●      Fique alerta: os bancos nunca solicitam por telefone dados pessoais, senhas ou chaves de segurança, nem pedem transferências ou pagamentos. Ao receber uma ligação suspeita, a orientação é desligar e entrar em contato com o banco pelos canais oficiais.

     

  2. Falso empréstimo consignado

    O fraudador oferece por telefone um empréstimo consignado ou uma portabilidade com boas condições, passando-se por um funcionário de instituição financeira. Para fechar a falsa proposta, solicita dados pessoais e pede um depósito bancário para cobrir as taxas de cadastro ou como adiantamento de parcela.

    ●      Fique alerta: de acordo com a Febraban, não existe nenhum empréstimo que exija pagamento antecipado, seja de taxas ou de parcela. Nunca deposite dinheiro para alguém com a finalidade de garantir um negócio.

     

  3. Ajuda no caixa eletrônico

    Ocorre quando o cliente está usando um terminal de autoatendimento e o criminoso oferece ajuda para fazer a transação. Um dos golpes é conferir a senha e trocar o cartão da vítima por um falso.

    ●      Fique alerta: ao usar o caixa eletrônico, aceite ajuda apenas de funcionários do banco, devidamente identificados.

     

  4. Falso presente de aniversário

    O criminoso, que já teve acesso aos dados e à data de aniversário da vítima, entra em contato avisando que tem um presente ou um brinde para entregar pessoalmente. Ao chegar com flores ou chocolate, pede um pagamento de taxa de entrega, feito no cartão. Com o visor da maquininha danificado ou encoberto, a vítima acaba digitando a senha no campo do valor da compra, revelando o código secreto ao criminoso.

    ●      Fique alerta: tenha cuidado ao preencher seus dados pessoais em cadastros na internet e nunca aceite presentes sem saber quem enviou. Outra dica é nunca fazer pagamentos em maquininhas com o visor danificado, que impeça a visualização do valor.

     

  5. Vendas falsas

    Envio de links com promoções por e-mails, SMS ou mensagens de celular. O endereço leva a uma página falsa que simula uma loja virtual, e os criminosos ficam com o valor da compra.

    ●      Fique alerta: desconfie da oferta de produtos muito mais baratos que os vendidos pela concorrência. Além disso, não faça compras online em endereços virtuais recebidos por mensagem – mesmo que ele se parece a um site conhecido.

     

  6. Golpe do WhatsApp

    O golpista tenta cadastrar o WhatsApp da vítima no seu aparelho. Este tipo de operação exige um código de segurança, que é enviado pelo app por SMS. Ao enviar uma mensagem de WhatsApp para a vítima fingindo ser de um serviço de atendimento ao consumidor, o criminoso solicita o código recebido por SMS, alegando ser necessário para atualizar o cadastro na falsa empresa. Com esta informação, é possível clonar o WhatsApp da vítima.

    ●      Fique alerta: para evitar a possível clonagem do WhatsApp, habilite no aplicativo a opção “Verificação em duas etapas” para cadastrar uma senha que será solicitada periodicamente. Nunca compartilhe essa senha com outras pessoas.

     

  7. Phishing (pescaria digital)

    phishing é uma maneira de conseguir dados pessoais da vítima. Normalmente ocorre pelo envio de mensagens e e-mails com um link suspeito. Esse endereço virtual pode solicitar o compartilhamento de dados ou simplesmente instalar um vírus capaz de roubar informações.

    ●      Fique alerta: nunca abra links que chegam por mensagens e tenha sempre antivírus instalado no computador e no celular.

  8. Falso motoboy

    A vítima recebe a ligação de um criminoso se passando por funcionário do banco, informando que o cartão de crédito foi clonado. Ele solicita que uma nova senha seja digitada no telefone, que o cartão seja cortado ao meio e avisa que, por segurança, um motoboy irá buscar o cartão para perícia. Como o chip continua funcionando quando o cartão é cortado ao meio, os criminosos conseguem realizar operações financeiras.

    ●      Fique alerta: nenhum banco pede de volta o cartão ou vai retirá-lo na casa dos clientes.

     

  9. Troca de cartão

    Ao se passar por vendedores, golpistas observam a senha quando a vítima faz um pagamento na maquininha, e depois devolvem um cartão trocado. Dessa forma, ficam com o cartão e a senha da vítima.

    ●      Fique alerta: sempre confira o seu cartão ao guardar de volta na carteira e, de preferência, não entregue a outra pessoa ao fazer uma compra.

     

  10. Falso sequestro

    A vítima recebe uma ligação e do outro lado uma pessoa simula uma voz de choro, chamando pela mãe ou pelo pai, dizendo que foi sequestrada. Outro criminoso entra na linha e exige um dinheiro para o resgate do falso sequestro.

    ●      Fique alerta: sempre desconfie desse tipo de ligação e nunca fale o nome de uma pessoa que poderia ter sido sequestrada. Se for possível, ligue imediatamente para este familiar, de outro telefone.