Igreja perseguida: mulher cristã enfrenta dupla vulnerabilidade

As mulheres cristãs enfrentam dupla vulnerabilidade em países onde existe mais perseguição religiosa, é o que mostram os dados da Missão Portas Abertas, que monitora os casos de perseguição religiosa em todo mundo.

Segundo essas informações, além da perseguição ao cristianismo, essas mulheres também enfrentam questões de gênero, pois em algumas culturas elas são vistas como inferiores aos homens e por isso lidam com desvantagens sociais.

Nessas desvantagens estão o acesso aos empregos, pois em muitos países as mulheres são excluídas dos mesmos direitos que os homens. Essa exclusão as torna alvos fáceis dos perseguidores e extremistas, porque o sofrimento das mulheres é, muitas vezes, ignorado por todos ao redor.

As cristãs estão mais propensas a enfrentar violências ocultas, como casamento forçado, agressão sexual, prisão domiciliar, entre outros. Esses tipos de perseguição são menos prováveis de acontecer com homens, principalmente em países onde os homens mantêm o poder primário, ocupando cargos de autoridade e privilégios sobre as mulheres.

A dupla vulnerabilidade das mulheres cristãs não exclui a perseguição contra os homens e meninos que também seguem a Cristo. Homens e meninos cristãos não estão isentos de perseguição. Eles são mais propensos a experimentar formas visíveis de perseguição, como serem agredidos publicamente, mortos, demitidos de empregos ou presos.

MULHERES USADAS PARA ATINGIREM OS HOMENS CRISTÃOS
Além de serem perseguidas em níveis mais complexos e amplos, muitas cristãs também são alvos de violência como forma de atingirem os homens cristãos. A violência contra filhas e esposas de líderes cristãos também acontece com frequência e os extremistas buscam atingir o bem mais precioso dos cristãos: a família.

A jovem Habiba (pseudônimo) conhece essa dor de perto. Ela tinha apenas 13 anos quando militantes atacaram sua aldeia em Burkina Faso e a sequestraram, assim como sua família e a neta do pastor do vilarejo. “A neta do pastor e eu fomos forçadas a nos casar lá. Eu tinha 13 anos, mas ela tinha apenas 11. Eles nos violentaram sexualmente. Eu estava apenas esperando minha vez de ser morta”.

Mulheres e meninas como Habiba e a neta do pastor são constantemente usadas para afetar líderes e comunidades cristãs. Muitas autoridades muçulmanas encorajam e incentivam que os homens se casem com cristãs, como forma de abalar as comunidades cristãs e aumentar os números de seguidores do islamismo.

A Portas Abertas trabalha nas igrejas para treinar e equipar líderes, para que saibam proteger as congregações, criando medidas de proteção e resiliência. O trabalho de parceiros locais lembra os cristãos dos fundamentos bíblicos, para que eles sejam encorajados a responder à perseguição com amor e solidariedade na família e na comunidade em que estão inseridos.

Muitas jovens e mulheres cristãs também são abençoadas com projetos de geração de renda. O objetivo final é que as mulheres e meninas cristãs deixem de ser perseguidas por serem vistas como mais vulneráveis perante a sociedade e tenham seus direitos e liberdades garantidas. E sobretudo, que elas tenham a identidade firmada em Cristo para terem forças e mesmo em meio à perseguição serem sal e luz.

AJUDE A IGREJA PERSEGUIDA
Para que o evangelho não morra em locais onde há perseguição, é preciso líderes preparados. Doe e permita que mulheres, que compõem a maioria das igrejas domésticas no Oriente Médio, aprendam seu papel de acordo com a Bíblia em encontros online e sejam capazes de ajudar as igrejas domésticas a sobreviverem.

Fonte: Pleno.News