Pesquisadores do Instituto Butantan desenvolveram uma pomada que é capaz de curar feridas sem deixar queloides, que são cicatrizes protuberantes na pele provocadas por excesso de colágeno. Após estudo pré-clínico indicar que o produto é seguro e com alto poder cicatrizante, a pomada passou a ser testada em convênio com a startup BiotechnoScience Farmacêutica. Conforme o Butantan, a pesquisadora Ana Olívia de Souza, do Laboratório de Desenvolvimento e Inovação (LDI), iniciou o estudo sobre o produto em 2010.
Na época, a cientista isolou um fungo da família “Pleosporaceae”, que é presente na vegetação da caatinga, existente em vários estados do Brasil. O bioma foi selecionado por ser ainda um ambiente pouco estudado e por ter uma rica biodiversidade, tanto em vegetais como em espécies de microrganismos, diz o Butantan. “Ao serem testadas com relação ao efeito antitumoral, ou seja, a capacidade de matar as células causadoras de câncer, surgiu a hipótese de que uma das moléculas poderia ter efeito na regeneração celular, que é um processo relacionado à cicatrização de feridas”, afirmou Ana Olívia, em nota divulgada pelo instituto.
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