Uma aeronave da El Al, que estava a caminho de Tel Aviv partindo da Tailândia, encontrou “elementos hostis” no caminho que tentaram, sem sucesso, alterar seu curso no espaço aéreo perto da Somália no último sábado, 17 de fevereiro.
A companhia aérea assegura que a tentativa não foi especificamente direcionada à transportadora israelense. A região é conhecida pela presença de piratas marítimos, tanto da Somália quanto do Iêmen, que possivelmente estão buscando expandir a área de atuação para o espaço aéreo.
O voo da El Al estava se dirigindo de Phuket para o aeroporto Ben Gurion, em Tel Aviv, quando a tripulação recebeu instruções do suposto Controle de Tráfego Aéreo (ATC, na sigla em inglês) para desviar a rota pouco antes de chegar à costa da Somália.
Os pilotos rapidamente suspeitaram das ordens, checaram a informação com outros controladores de tráfego aéreo, e concluíram que se tratava de uma tentativa de indução ao erro. Eles então continuaram a viagem para Israel sem outros contratempos.
Os meios de comunicação israelenses relatam que esta seria a segunda vez em pouco tempo que controladores de tráfego aéreo, ou pessoas se passando por eles, na região do Golfo de Aden, provêm informações falsas para pilotos de aviões comerciais, potencialmente tentando forçá-los a fazer um pouso intermediário.
Ainda não está claro quem está por trás dessa ação. Por várias décadas tem havido atividades de pirataria marítima na costa da Somália, sendo pirateados navios provenientes do próprio país instável. Já na outra extremidade do Golfo de Aden, localiza-se o Iêmen, onde uma guerra civil devastadora está em curso.
Os rebeldes Houthi, apoiados pelo Irã, têm ocasionado problemas para a navegação por meio da pirataria; agora, esse fenômeno pode estar se estendendo também à aviação.
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