Maione Padeiro, é presidente da ACIRLAG e vice-presidente da FACIEST-GO
Compra da Enel Goiás pelo Grupo Equatorial é oportunidade de revertermos a imagem negativa que a iniciativa privada consolidou em Goiás na prestação do serviço de fornecimento de energia; Goiás merece mais.
Após anos sofrendo com a péssima gestão da Enel, a chegada da Equatorial traz alento à população goiana e, em particular, ao setor produtivo, que sofreu com a má gestão da Enel e contabilizou prejuízos por falta de planejamento e investimentos na distribuição de energia elétrica.
Historicamente gerido pelo poder público, o serviço de fornecimento de energia elétrica sempre foi marcado pela disparidade na relação entre consumidor e fornecedor. Neste caso, o rigor da lei foi sempre usado como mecanismo para punir o consumidor, nunca para protegê-lo. Ao contrário do que se pensava, ao menos em Goiás a privatização desse serviço essencial não mudou a realidade. A Enel Goiás sempre prestou um péssimo serviço.
A compra da Enel Goiás pelo Grupo Equatorial, inicialmente vista com maus olhos pelo setor produtivo, é ao mesmo tempo uma oportunidade de revertermos essa imagem negativa que a iniciativa privada consolidou em Goiás na prestação do serviço de fornecimento de energia.
Um dos problemas da Enel era a falta de acesso do consumidor aos dirigentes da empresa. Como se tratava de uma holding com acionistas espalhados pelo planeta, parece que Goiás nada significava para o grupo empresarial controlador. Então, sequer ouviam as reclamações. Não havia diálogo com o consumidor, nem mesmo com as entidades representantes do setor produtivo.
Agora, com a efetivação da Equatorial como responsável pelo serviço de fornecimento de energia elétrica, a classe empresarial de Goiás e de Aparecida de Goiânia em particular espera um atendimento diferenciado. O segundo maior município de Goiás é movido por indústrias, instaladas em polos empresariais, fundamentais para o desenvolvimento.
E a energia, naturalmente, é fundamental para manutenção e expansão dos negócios empresariais. Por isso, Aparecida de Goiânia precisa de uma atenção especial por parte da Equatorial. Não podemos reviver os tenebrosos tempos da Enel em que a falta de energia em áreas densamente habitadas e comerciais durava até 50 horas. A nossa economia não suporta mais esse desprestígio.
Por isso, esperamos que a Equatorial seja sensível aos anseios e dialogue com o consumidor, com os empresários e as entidades representantes do setor produtivo.
O poder público, precisa estar vigilante e exigir todas as metas estabelecidas para a melhoria da prestação do serviço.
A Associação Comercial, Industrial e Empresarial da Região Leste de Aparecida de Goiânia (ACIRLAG) está atenta e acredita que, daqui pra frente, Goiás pode viver uma nova realidade na prestação do serviço de energia elétrica. O empresário não suporta mais conviver com uma empresa que ostentava o troféu de pior distribuidora de energia do país.
Aparecida de Goiânia, além de integrar a Região Metropolitana da Capital, tem sua economia dependente dos polos industriais. Além disso, desenvolve projetos vitais para Goiás e região Centro-Oeste. A economia de Aparecida de Goiânia, especialmente na Região Leste do município, depende do fornecimento regular e sem interrupções de energia elétrica. Para se ter ideia, há mais de três anos o município possui um campus da Universidade Federal de Goiás, pronto, mas sem utilidade, porque necessita de energia para funcionar e está em construção o Aeroporto Executivo Antares.
Por tudo isso, os empresários de Aparecida de Goiânia veem com bons olhos a chegada do Grupo Equatorial para gerir o fornecimento de energia do estado de Goiás. O anúncio de que a empresa tem um projeto para atender todas as empresas dos polos empresariais e consumidores residenciais, como faz parte de um plano de ação desenvolvido pela empresa para ser executado em 100 dias, é um bom sinal.
Portanto a classe empresarial se posiciona com otimismo diante do anúncio de ações efetivas visando melhorar o fornecimento de energia para os parques industriais de Goiás, especialmente da Região Leste de Aparecida de Goiânia. Esperamos um diálogo mais direto com os gestores da Equatorial, para tranquilizar nossos associados. Os prejuízos acumulados com a Enel devem ser parte do passado.
Maione Padeiro, presidente da Associação Comercial, Industrial e Empresarial da Região Leste de Aparecida de Goiânia (ACIRLAG) é Vice presidenteda FACIEST-GO.
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