A Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN) enviou técnicos do Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (IPEN), sua unidade técnico-científica mais próxima da ocorrência, para inspecionar material radioativo apreendido pela Receita Federal, durante operação conjunta com a Anvisa, realizada entre os dias 17 e 20 de maio no Aeroporto Internacional de Guarulhos, em São Paulo.
A operação foi desencadeada após a Anvisa desconfiar que participantes da Feira Hospitalar 2024, ocorrendo na capital paulista entre 21 e 24 de maio, poderiam estar trazendo material hospitalar e/ou medicamentos sem a devida autorização para exposição no evento. Entre os itens apreendidos, foram encontrados equipamentos médicos avaliados em US$ 166 mil, incluindo produtos radioativos.
À medida que os passageiros desembarcavam, a equipe de fiscalização retinha a bagagem de mão e a passava pelo raio-x. Durante a inspeção, os fiscais encontraram cápsulas que, à primeira vista, pareciam ser apenas medicamentos comuns. No entanto, ao abrirem a embalagem, identificaram o símbolo de risco de radiação, o que levou ao acionamento imediato da CNEN. Dentro das caixas havia cápsulas de carbono-14.
As cápsulas estavam na bagagem de mão de um passageiro que chegou na segunda-feira, 20. Os fiscais da Anvisa informaram à equipe do IPEN/CNEN que a empresa envolvida alegou desconhecer a necessidade de autorização prévia para o transporte dos medicamentos.
“Sempre que surge a necessidade de inspeção de material radioativo, ao ser acionada, a CNEN envia prontamente equipe de atendimento a situações de emergências nucleares, a fim de realizar o acompanhamento e as verificações necessárias, o que foi feito hoje, em Guarulhos,” afirmou Francisco Rondinelli, presidente da CNEN.
Fonte: Aeroin
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