O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, definiu que é obrigatório o uso de câmeras corporais por policiais militares de São Paulo durante operações. Barroso atendeu a um pedido da Defensoria Pública do estado de São Paulo e tomou a decisão em meio a vários casos de violência policial registrados em São Paulo nas últimas semanas. O magistrado lembrou que o governo de SP firmou recentemente um compromisso para implementação das câmeras em operações policiais. Além de ordenar o uso obrigatório dos equipamentos, Barroso também determinou que a gravação deve ser ininterrupta das imagens nas operações até que seja comprovada a efetividade do sistema de acionamento remoto (automático e intencional).
“Quase morri na mão de um policial que estava desequilibrado”, afirma jovem arremessado da ponte
Marcelo Amaral, de 25 anos, foi jogado do alto de uma ponte, em São Paulo. Em entrevista ao Fantástico, Marcelo disse: “Quase morri na mão de um policial que estava desequilibrado. Não tem o que falar. O que passou na mente dele pra ele me jogar da ponte?”.
O policial militar que cometeu o crime é Luan Felipe Alves Pereira, de 29 anos. Ele é soldado de um batalhão de Diadema, na grande São Paulo, e trabalha na Rocam, a Ronda Ostensiva com Apoio de Motos. Luan foi preso na última quinta-feira.
Acontecia um baile funk na região, quando Marcelo passou de moto e se deparou com diversos policiais com cassetetes. Ele disse que se assustou quando viu PMs correndo em sua direção. Uma câmera de segurança mostra Marcelo em cima da ponte, depois descendo da moto e saindo correndo. Policiais vão atrás dele. E todos saem do alcance da câmera.
Nesse momento, segundo Marcelo, o soldado Luan Pereira o agrediu com golpes de cassetete na cabeça e nas costas. A câmera de segurança mostra quando ele volta com dois policiais.
Segundo Marcelo, Luan ameaça : “Você tem duas opções: ou você pula da ponte, ou eu jogo você e sua motocicleta daqui”.
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