A Polícia Civil de Goiás, por meio da Delegacia Especializada no Atendimento a Pessoa Idosa (Deai), com apoio da Polícia Militar, deflagrou, no dia 8 de janeiro, em Goiânia, a Operação Falsus, que resultou na prisão em flagrante de uma mulher de 25 anos de idade, suspeita de explorar financeiramente ao menos três idosas.
As investigações que levaram à prisão da autuada teve início no dia 4 de janeiro do corrente ano, quando uma sobrinha das supostas vítimas informou à Polícia Civil que três de suas tias (96, 98 e 91 anos) haviam sido lesadas pela suspeita, a qual andava praticando o delito de estelionato e exploração financeira, com prejuízo estimando em mais de R$ 700 mil.
De acordo com as investigações, a investigada havia laborado na casa da primeira idosa por mais de dois anos, tendo conquistado sua confiança, ao ponto de ser autorizada, por meio de procuração pública, a movimentar as contas correntes da idosa, servidora pública federal aposentada, a qual não era casada e não possuía filhos.
Por ser equilibrada com os gastos, essa idosa havia angariado substancial patrimônio. Ciente dessa situação, a investigada passou a fazer diversos desvios de sua conta, além de apropriar-se de mais da metade do valor correspondente à venda de um apartamento localizado na capital federal, vendido por R$ 1 milhão. A vítima veio a óbito e sua família só percebeu os desvios em razão da partilha de bens, quando foi surpreendida com as altas somas subtraídas.
Com a morte da primeira vítima, a investigada acabou sendo contratada para cuidar de outra idosa, irmã da vítima falecida. No dia 5 de janeiro, primeiro dia de trabalho da autuada, já com o cartão bancário da segunda vítima, ela realizou um saque de R$ 2 mil. Todavia, já estava sendo monitorada pelo PCGO.
A suspeita foi presa no dia 8 de janeiro, quando se preparava para realizar outro saque. Em interrogatório, a autuada entrou em contradição em relação aos fatos. Com ela, foi apreendido um automóvel avaliado em R$ 100 mil reais, adquirido com os valores desviados. As informações são da Polícia Civil.
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